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Célia Leão é retirada de voo por usar almofada ortopédica

Por Flávio Paradella | Especial para a Sampi Campinas
| Tempo de leitura: 2 min
Reprodução/Instagram
Secretária de Valinhos e ex-deputada não pode segir viagem pela GOL por usar item essencial à sua locomoção.
Secretária de Valinhos e ex-deputada não pode segir viagem pela GOL por usar item essencial à sua locomoção.

A ex-deputada estadual e atual secretária de Assistência Social de Valinhos, Célia Leão, passou por um constrangimento internacional ao ser retirada de um voo da GOL que partia de Buenos Aires para Guarulhos nesta quinta-feira (1º). Cadeirante, ela foi impedida de viajar porque usava uma almofada ortopédica essencial para sua locomoção — a mesma utilizada na ida à Argentina dias antes.

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Mesmo já acomodada na poltrona, Célia foi abordada por funcionários da companhia, que exigiram que ela retirasse a almofada roho, item clínico que lhe permite sentar com segurança. Diante da recusa — por risco à sua saúde —, ela e o marido foram obrigados a sair do avião, enquanto a filha permaneceu a bordo para cumprir compromissos profissionais no Brasil. O episódio provocou um atraso de 40 minutos no voo.

A negativa da companhia aérea revoltou a ex-parlamentar. Em vídeo gravado dentro da aeronave, Célia narrou o impasse e lamentou o tratamento. Só no dia seguinte, após intervenção de médicos, advogado e intensa troca de e-mails, a GOL reviu a decisão e autorizou a almofada. Ela pôde então remarcar a viagem para a noite de sexta-feira (2), com chegada prevista ao Brasil às 21h — mais de 28 horas após o horário original.

Enquanto aguardavam a liberação, Célia e o marido foram levados a um hotel pago pela empresa.

Nota da Gol:

"A GOL informa que, no voo G3 7665 de quinta-feira, 01/05, entre Buenos Aires/Aeroparque (AEP) e São Paulo/Guarulhos (GRU), uma Cliente com necessidades de atendimento especial não pôde embarcar devido à ausência prévia de formulário MEDIF e ao uso de um item de apoio no assento que, segundo avaliação da tripulação e com base nos protocolos da ANAC, não estava autorizado para utilização a bordo, podendo representar risco à segurança da passageira. A Companhia lamenta os transtornos causados à Cliente e ao seu acompanhante e reforça que prestou toda a assistência necessária no momento do desembarque. Após nova avaliação do caso, com o envio do MEDIF e liberação médica, o embarque foi autorizado para esta sexta-feira, 02/05, às 18h20 (hora local), com todas as condições seguras e adequadas. A GOL reafirma seu compromisso com a Segurança — valor número 1 da Companhia — e com o respeito às necessidades individuais de seus Clientes, trabalhando continuamente para aprimorar seus processos de atendimento."

 

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