A Polícia Federal encerrou nesta quinta-feira (21) a investigação sobre uma organização criminosa que, em 2022, atuou de forma coordenada para tentar manter o então presidente da República no cargo.

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O relatório final foi enviado ao STF (Supremo Tribunal Federal) com o indiciamento de 37 pessoas, entre elas, o ex-presidente Jair Messias Bolsonaro, os generais Augusto Heleno e Braga Netto e o delegado Alexandre Ramagen, ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (ABIN).

As apurações, realizadas ao longo de quase dois anos, reuniram provas obtidas por meio de medidas autorizadas pela Justiça, incluindo quebras de sigilos telemático, telefônico, bancário e fiscal, além de buscas e apreensões e acordos de colaboração premiada.

De acordo com o relatório, os investigados agiram organizadamente, com divisão de tarefas, o que permitiu identificar a atuação de seis grupos principais:

• Núcleo de Desinformação e Ataques ao Sistema Eleitoral
• Núcleo de Incitação a Militares para Aderirem ao Golpe de Estado
• Núcleo Jurídico
• Núcleo Operacional de Apoio às Ações Golpistas
• Núcleo de Inteligência Paralela
• Núcleo Operacional para Medidas Coercitivas

Com a entrega do relatório ao STF, a Polícia Federal conclui as investigações sobre as tentativas de golpe de Estado e ações contra o Estado Democrático de Direito. O destino dos indiciados agora depende da avaliação do Ministério Público e do julgamento no Supremo.