Os moradores do Edifício Fênix, onde ocorreu uma explosão de armamentos no apartamento de um coronel aposentado do Exército no último sábado, 24, contaram que não sabiam de todo o arsenal guardado no imóvel. O responsável está desaparecido e continua sendo procurado pela Polícia Civil de Campinas.
Segundo a polícia, o arsenal era composto por mais de 50 armas e três mil munições. A suspeita é que a explosão de um dos artefatos tenha originado o incêndio.
"A gente estava se preparando para jantar. Escutamos o barulho e quando abri a porta, vi a fumaça. Peguei minha mãe de 77 anos, tentei sair, mas já não dava mais tempo para sair. O bombeiros deu dicas de como ir agindo até a chegada deles", afirmou a auxiliar administrativo, Márcia Macedo, que mora no prédio há cerca de 16 anos.
Ela contou que sabia que o homem andava armado, que já tinha falado isso em reuniões de condomínio, mas que não imaginava o tamanho do estoque.
"Sabia que ele era do exército. Ele andava armado, e já tinha deixado isso claro em algumas reuniões, mas não tinha muita convivência para saber como ele era. Agora eu estou na casa da minha irmã e vindo todos os dias para pegar algumas coisas", afirmou.
Um outro vizinho, que disse se chamar Paulo, contou que a convivência era normal, e que não imaginava tudo que havia dentro de apartamento. "Ele era uma pessoa normal e no dia da explosão até estava aqui, mas agora ninguém sabe mais", disse.
O filho do coronel esteve na manhã desta segunda-feira, 26, mas não quis gravar entrevistas. Ele disse apenas que o pai está assustado, mas não sabe onde ele se encontra. O prédio segue interditado pela Defesa Civil de Campinas.