Sem chuvas substanciais em Bauru desde a chegada do inverno, em 20 de junho, o nível do Rio Batalha — responsável pelo abastecimento de água de 27% dos bauruenses — segue em queda. Na manhã desta sexta-feira (12), a régua da lagoa de captação marcava 1,75 metro, o menor nível do ano. Houve uma queda de 20 centímetros nas últimas 30 horas.
O ideal, para garantir o pleno abastecimento de mais de 100 mil bauruenses que dependem do manancial — cerca de um quarto da população —, é que o rio esteja com 3,20 metros.
Acionado para informar se o sistema de rodízio, implementado em 28 de agosto, será alterado, o Departamento de Água e Esgoto (DAE) destacou, por meio da assessoria de imprensa, que monitora tanto nível, quanto a vazão (quantidade de água chegando até a lagoa) do Rio Batalha. A autarquia acrescenta que, graças à estratégia de racionamento e à economia da população, o nível segue sob controle, se mantendo entre 1,70 e 2 metros, apesar da redução constante da vazão do Rio. "Esse cenário deve melhorar apenas com o retorno das chuvas", consta de nota.
Conforme o JC/JCNET vem noticiando, o mês de agosto registrou apenas 2 milímetros de chuva acumulada — o menor volume dos últimos 12 anos, segundo o IPMet. O índice é 94% inferior à média histórica para o período.
O órgão classificou o mês como “extremamente seco”, resultado da atuação de massas de ar que impediram a chegada de frentes frias ao interior do Estado.
A última vez que o município enfrentou um agosto tão seco foi em 2013, quando não houve registro de chuva. Desde então, o índice de 2025 é o mais baixo para o mês.
A baixa umidade do ar preocupa e pode chegar a 20%, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). O ideal, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), é que o índice permaneça entre 50% e 60%. Quando oscila entre 21% e 30%, a situação já é considerada de atenção.
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