O governo Suéllen Rosim (PSD) informa ter um projeto estimado em R$ 9 milhões para resolver os problemas da pista de atletismo do Estádio Antônio Milagre Filho, o popular Milagrão — abandonado há anos pelo poder público. A informação foi obtida pelo JC/JCNET junto à assessoria de imprensa do município após a notícia dos veículos motorizados que invadiram o local nesta semana (leia mais abaixo).
De acordo com a prefeitura, o projeto foi elaborado pela Secretaria de Infraestrutura (Obras) e inclui a reconstrução vestiários, arquibancadas, duas quadras e a recuperação da pista de atletismo, que custou aos cofres públicos R$ 4,5 milhões em 2012. Este investimento à época, inclusive, já foi perdido, admitiu a Semel no ano passado.
Ainda segundo o governo, o município busca recursos estaduais e federais para viabilizar a obra, cujo prazo depende da chegada deste dinheiro público. A Confederação Brasileira de Atletismo (CBAT), por meio do presidente da entidade, Wlamir Motta Campos, prometeu ajudar. Ele vistou a pista no dia 12 de fevereiro deste ano.
Conforme o JC/JCNET noticiou, a pista de atletismo voltou a ser utilizada também por condutores de veículos motorizados. O flagrante foi registrado em vídeo divulgado nesta terça-feira (12) nas redes sociais. Nos últimos anos, a mesma pista também foi invadida por carros, motos e cavalos. Desta vez, foram jovens em bicicletas motorizadas que circularam livremente, sem ao menos usarem capacetes, equipamentos obrigatórios de segurança.
Atualmente, no Milagrão, existe um “esqueleto de concreto” não finalizado e a pista de corrida — que sozinha custou R$ 4,5 milhões em 2012 — perdeu suas condições de uso para treino profissional. O espaço, que sediou dois Jogos Abertos do Interior, não recebe manutenção regular há pelo menos seis anos e meio. O piso cedeu, formou bolhas e atualmente, inclusive, representa risco para atletas.
No final de 2019, tiveram início as obras de modernização do complexo, localizado na quadra 9 da avenida Waldemar Guimarães Ferreira, entre o Jardim Prudência e o Nova Esperança, região Noroeste. A entrega estava prevista para março de 2020. O investimento seria de R$ 2.209.710,11, sendo R$ 1.805.000,00 de repasse federal, via convênio entre a prefeitura e o Ministério do Esporte, e R$ 404.710,11 como contrapartida municipal.
O projeto previa arquibancadas modernizadas, posto de apoio, prédio com vestiários e sala de fisioterapia. Mas, no início de 2021, o contrato foi rompido unilateralmente pela prefeitura sob a justificativa de que a empresa terceirizada não executou o serviço conforme o previsto. Houve prorrogação para abril de 2021, porém a obra permaneceu paralisada com apenas 31,4% de execução. A prefeitura aplicou multa de R$ 372.453,35 e a empresa foi impedida de participar de novas licitações no município.
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