Cinco anos após enfrentar a pandemia de Covid-19, a China volta a lidar com um surto preocupante. Desta vez, o foco é o metapneumovírus humano (HMPV), detectado no norte do país, principalmente entre crianças com menos de 14 anos. Segundo informações da agência Reuters, o governo chinês ativou, em dezembro, um sistema de monitoramento para pneumonia de origem desconhecida, diante do aumento esperado de infecções respiratórias no inverno asiático.
Além do HMPV, o surto atual inclui casos de gripe A, Mycoplasma pneumoniae e do próprio coronavírus. Imagens de hospitais lotados circulando nas redes sociais têm gerado apreensão, embora, até o momento, nem o governo chinês nem a Organização Mundial da Saúde (OMS) tenham confirmado qualquer nova epidemia.
- Clique aqui e receba, gratuitamente, as principais notícias da cidade e do mundo, no seu WhatsApp, em tempo real.
O que é o HMPV?
O metapneumovírus humano, identificado pela primeira vez em 2001, pertence à mesma família do vírus sincicial respiratório (VSR) e é conhecido por causar infecções respiratórias leves, similares a um resfriado comum. No entanto, crianças pequenas, idosos e pessoas com sistema imunológico comprometido correm maior risco de complicações graves.
Transmissível por gotículas respiratórias e contato com superfícies contaminadas, o HMPV tende a se espalhar em ambientes fechados e lotados, tornando o inverno e o início da primavera períodos críticos para sua propagação. A ausência de uma vacina específica agrava a situação, especialmente em um país como a China, com alta densidade populacional nas áreas urbanas.
Medidas de controle
Em resposta ao surto, as autoridades chinesas têm implementado medidas preventivas já utilizadas durante a pandemia de Covid-19, como uso de máscaras, distanciamento social e higienização de espaços públicos. Além disso, a população foi orientada a evitar aglomerações e adotar práticas rigorosas de higiene para conter a disseminação do vírus.