Campinas registrou um aumento alarmante de 953% nos casos de dengue em 2024, comparado ao ano anterior. Foram confirmados 121.163 casos da doença, além de 84 mortes, configurando o pior ano da história da cidade no combate à dengue. Em 2023, a metrópole havia contabilizado 11,5 mil casos e três óbitos.
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O recorde anterior, de 2015, quando Campinas enfrentou 65 mil ocorrências e 22 mortes, foi amplamente superado. A epidemia de 2024 foi impulsionada pela circulação simultânea de três sorotipos do vírus e por condições climáticas que favoreceram a proliferação do mosquito Aedes aegypti, como calor e chuvas frequentes.
Estratégias para conter a epidemia
Diante da gravidade da situação, a Prefeitura de Campinas anunciou novas medidas para 2025. Entre elas estão a capacitação de lideranças comunitárias, uso de inteligência artificial para identificar áreas críticas, parcerias com empresas como a CPFL e a ampliação das campanhas educativas para conscientizar a população sobre a importância da prevenção.
A Secretaria de Saúde reforça que os sintomas da dengue, como febre, tontura, dor abdominal, vômitos e sangramentos, não devem ser ignorados. A orientação é buscar atendimento imediato em centros de saúde ou prontos-socorros diante de sinais de alerta.
Situação estadual
No Estado de São Paulo, o número de casos de dengue também disparou, com aumento de 646% entre 2023 e 2024. Foram mais de 2 milhões de registros no ano passado, contra 321,2 mil no ano anterior, de acordo com a Secretaria Estadual de Saúde. Esses números refletem a intensificação do problema e destacam a necessidade de ações coordenadas em todas as cidades paulistas.