POLÍTICA

Situação consolida nome para a presidência da Câmara de Bauru

Por Editoria de Política | da Redação
| Tempo de leitura: 4 min
Vinícius Lousada/Divulgação
Solenidade de posse e sessão de instalação serão realizadas no plenário da Câmara Municipal de Bauru
Solenidade de posse e sessão de instalação serão realizadas no plenário da Câmara Municipal de Bauru

Faltando 5 dias para a eleição do segundo cargo de maior destaque e poder na política de Bauru, ou seja, a presidência da Câmara Municipal, alguns dos vereadores, candidatos, aceleram as conversações e reforçam suas propostas na tentativa de convencer colegas a lhes dar o voto. Favorita a emplacar o novo presidente para os próximos dois anos, a bancada de situação ficou dividida durante as últimas semanas entre três nomes - Markinho Souza (MDB), Sandro Bussola (MDB) e Marcelo Afonso (PSD). Neste momento, o primeiro lidera a corrida com relativa folga, até porque conta com apoio do comando de seu partido, presidido por Rodrigo Mandaliti, e as bênçãos da prefeita Suéllen Rosim (PSD).

Um quarto nome até surgiu nos últimos dias, o de Mané Losila (MDB), mas ele próprio nega qualquer intenção de ser o próximo presidente da chamada Casa de Leis e descarta a candidatura.

A próxima legislatura começará no dia 1 de janeiro de 2025, mesmo dia da eleição da presidência do Poder, e terá 21 vereadores. Apenas oito deles não estão entre os 17 da atual legislatura. Todos foram eleitos no dia 6 de outubro passado e serão empossados na próxima quarta-feira (1), assim como a prefeita reeleita Suéllen Rosim, em cerimônia que começará às 18h, na sede do Poder Legislativo.

Estima-se, entre os próprios eleitos e nos bastidores da política, que a bancada de situação (que dá apoio ao governo) deverá ter entre 12 e 13 nomes dos 21 parlamentares.

Para vencer a eleição da presidência da Câmara, o candidato precisa receber ao menos metade dos 21 votos mais um - ou seja, 11 vereadores. Supõe-se, portanto, que os vereadores que apoiam o governo da prefeita seriam os favoritos para emplacar o novo presidente do Legislativo, como ocorreu na atual legislatura, presidida por Junior Rodrigues (PSD) que, aliás, pode ser, no limite das negociações e do impasse, uma quinta via da bancada de situação.

Na oposição, Junior Lokadora (Podemos) é o nome com mais visibilidade para a disputa.

Eleição de Mesa Diretora da Câmara é um jogo de xadrez que só se define nos últimos lances, muitas vezes momentos antes da votação. E não seria uma grande surpresa se a bancada situacionista 'rachasse' e daí surgisse, com força (e votos), um nome neutro ou até mesmo originário da bancada oposicionista. Foi o que ocorreu com a eleição de José Roberto Segalla (União) para a presidência da Câmara em 2018, quando emplacou seu nome para o biênio 2019/2020.

Nas últimas semanas, a disputa entre Sandro Bussola e Markinho pela titularidade da candidatura situacionistas foi acirrada. Em uma eleição com apenas 21 eleitores o tempo pode ser fator de desgaste. Curiosamente (ou não), dois candidatos mais cotados ao cargo - Sandro e Markinho, são do MDB, assim como Losila.

Com 3 vereadores eleitos, o MDB tem o segundo maior peso entre os governistas. Só perde para a bancada do PSD de Suéllen, que elegeu 4 parlamentares para o quadriênio 25/28. Sandro, Afonso e Markinho se declaram candidatos, abertamente.

PP, com dois vereadores, Republicanos, também com dois, e Avante, com um vereador completam, em tese, a bancada de situação, fato que começará a ser confirmado, ou não, na eleição da Mesa Diretora, na próxima quarta. Aliás, também serão eleitos o vice-presidente e dois secretários para o comando do Legislativo, cargos que têm prestígio e importância na estrutura de poder do Legislativo.

ESTELA

A vereadora Estela Almagro (PT), a mais votada na eleição proporcional (Legislativo) de 6 de outubro, presidirá a sessão de instalação da nova legislatura na Câmara Municipal e posse da prefeita reeleita Suéllen Rosim (PSD) e seu vice, Orlando Costa Dias (PP). Estela teve 7.586 votos.

Na última quinta-feira (26), Estela questionou o presidente da Câmara, Junior Rodrigues (PSD), sobre uma reunião convocada por ele para esta segunda-feira (30), de manhã, cuja pauta é a sessão inaugural do dia 1. A vereadora queria saber o porquê do encontro, que considerou desnecessário, uma vez que o rito da sessão que ela presidirá é definido pelo Regimento Interno do Legislativo.

Procurado nesta sexta-feira (27) pelo JC/JCNET, Junior explicou que nada será mudado e que a reunião desta segunda servirá apenas para esclarecer dúvidas de vários parlamentares, principalmente os novos, sobre como será a feita a sessão de instalação e posse.

"Muitos colegas estavam em dúvida se poderiam usar a palavra, levar convidados, sobre suas cadeiras no plenário e, por isso, decidimos chamá-los para deixar tudo esclarecido antes de quarta-feira. Desta reunião participarão também diretores da Casa para darem as devidas explicações", disse o presidente.

Estela presidirá a sessão e dará a palavra a um vereador que falará pelos demais. Depois disso, será feita a posse dos eleitos e, na sequência, a eleição para a Mesa Diretora do Legislativo.

A vereadora solicitou, em ofício, à presidência a instalação de tendas e telão na Praça Dom Pedro II para que todos os que desejarem comparecer possam assistir à sessão.

A direção da Câmara informou que encaminhou o pedido ao Departamento Administrativo, que corre contra o tempo para fazer cotação de preços e a possível contratação dos equipamentos.

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