OPINIÃO

O que será de nós? Palavras para o ano novo!

Por Fabrício Rodrigues | Cientista Político e Coordenador do MBL (Movimento Brasil Livre)
| Tempo de leitura: 3 min

Ao olharmos para o horizonte de 2025, a pergunta que ecoa é: o que será de nós? Em um cenário nacional marcado por incertezas econômicas e políticas, há um sentimento de frustração, desânimo e até descrença na capacidade de nosso país de sair do atoleiro em que se encontra. Como Winston Churchill bem disse, "os povos que escolhem líderes fracos para escapar de tempos difíceis acabam vivendo tempos ainda mais difíceis". É impossível não traçar um paralelo com a situação atual do Brasil.

A economia brasileira encontra-se em estado deplorável. Sob o governo Lula, testemunhamos um cenário de inflação elevada, alta taxa de juros e desemprego persistente, castigando as famílias mais vulneráveis. O poder de compra dos brasileiros segue sendo corroído, enquanto o governo demonstra uma completa falta de estratégia para enfrentar os desafios econômicos. Ao invés de reformas estruturais, vemos uma máquina pública ineficiente, gastos desenfreados e uma gestão marcada pelo populismo econômico.

A promessa de um "Brasil para todos" foi rapidamente substituída pela dura realidade de um governo que prioriza interesses partidários e alianças políticas frágeis em detrimento do povo. O mercado, que já havia demonstrado ceticismo, agora reage com descrença. Investidores estão cautelosos, e a fuga de capitais se torna uma ameaça cada vez mais concreta.

Além disso, a condução política do governo tem demonstrado uma perigosa inabilidade para lidar com crises. As reformas necessárias para tornar o Brasil competitivo e dinâmico permanecem engavetadas. A máquina estatal, já inchada, continua crescendo, enquanto setores estratégicos da economia padecem pela falta de incentivos e pela burocracia sufocante. Churchill, mais uma vez, nos alerta: "A história será gentil comigo, pois pretendo escrevê-la". Infelizmente, a história recente do Brasil não será gentil com esta gestão, que parece incapaz de tomar as rédeas do futuro.

Um povo desanimado, mas não vencido, a decepção não é apenas econômica. Há também uma apatia política que se alastrou como uma praga. Muitos brasileiros, desgastados por anos de corrupção, promessas vazias e políticas mal executadas, perderam a fé no sistema. A polarização política extrema e a falta de lideranças confiáveis criaram um vácuo de esperança.

No entanto, é em momentos de maior escuridão que precisamos acender a luz da mobilização popular. Churchill, em outro momento de crise, disse: "Se você estiver atravessando o inferno, continue atravessando". Essa frase é um lembrete de que desistir não é uma opção. Ainda que desanimados, precisamos acreditar que a força das ruas pode ser o motor para mudanças reais.

A história nos mostra que grandes transformações só acontecem quando a população se organiza e exige um futuro diferente. Foi assim em 2013, quando milhões saíram às ruas para protestar contra a corrupção e a ineficiência do Governo Dilma. É preciso resgatar esse espírito, mesmo que hoje pareça difícil encontrar um motivo para acreditar.

O ano novo traz consigo a oportunidade de renovação. Ainda que o cenário seja desolador, o Brasil não pode se render à inércia. A mudança começa com cada um de nós. É fundamental que a população cobre responsabilidade de seus representantes, questione políticas ineficientes e, sobretudo, mantenha viva a chama da esperança por dias melhores.

Como disse Churchill, "um pessimista vê dificuldade em cada oportunidade; um otimista vê oportunidade em cada dificuldade". Que sejamos otimistas práticos, que reconhecem as dificuldades, mas também veem nelas a chance de construir um futuro diferente.

A hora de agir é agora.

Se nos calarmos, permitiremos que os mesmos erros se perpetuem. Que 2025 seja um ano de coragem, resiliência e transformação. O que será de nós depende, em grande parte, do que decidirmos fazer agora. A esperança não é um luxo; é uma necessidade. E o Brasil, mais do que nunca, precisa dela.

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