Na semana passada duas pesquisas de Avaliação sobre Segurança Pública foram divulgadas e chamam a atenção para um debate que precisa ser racional e sem ideologia.
A primeira foi da Genial Quaest ao publicar que 53% da população consideram que a PM usa força excessiva. A segunda foi do Instituto Datafolha, que cita que 51% dos brasileiros têm medo das polícias.
Entendemos que quem deve ter medo da Polícia são os bandidos. A população deve ter respeito, mas a partir do momento que passa a temer é porque alguma coisa está errada. E, dessa forma, torna-se necessário que as forças de segurança mudem seus conceitos e inovem na formação de seus agentes, principalmente na psicologia do comportamento humano.
Tivemos neste mês de dezembro alguns acontecimentos de violência policial no Estado de São Paulo e outros Estados que causaram repercussão nacional e até internacional. Mas não podemos generalizar. Mesmo porque a maioria dos policiais militares e civis cumpre a sua função baseados nas regras jurídicas.
E, tratando-se de instituições formada por homens e mulheres, é natural que tenham aqueles que cometem excessos, erros e transgridem as Leis como em qualquer outra instituição, entidade ou setores da sociedade.
Todavia, se o incentivo aos excessos parte daqueles que comandam, aí fica mais complicada a situação. Quando se tem um secretário de Segurança Pública em São Paulo, governado pelo Republicanos, que conseguiu a proeza de ser afastado da temida Rota por excessos de mortes e em 2015 citou 'que policial bom tem que ter pelo menos três homicídios no currículo', tal filosofia de ação acaba repercutindo no comportamento das tropas.
E são vícios que atingem todos os governos e ideologias. Por exemplo: a Polícia da Bahia, governada pelo PT há 12 anos, é a mais letal do Brasil e mata mais do que toda a Polícia dos Estados Unidos juntas.
Não se trata de defender aqui que as Polícias sejam frouxas ou algo parecido. Pelo contrário; num confronto em que estão sendo atacados, nada mais justo que usem a força e, se preciso, a letalidade. A sociedade vai sempre pender em prol dos agentes do Estado.
E a partir do momento que não há mais riscos, detenha os criminosos e encaminhe para a Delegacia e aí inicia-se o devido Processo Legal.
Os fora da Lei são os bandidos, aos agentes de Segurança Pública cabe os cumprimentos das regras do nosso ordenamento penal e constitucional
PS - Desejo Boas Festas para toda a família do Jornal da Cidade e para todos os leitores!