Nada a ver com o lindo filme antigo, o atual poderoso Centrão teve o seu "início" com Eduardo Cunha lá pelos idos de 2010, com os chamados nanicos". Hoje o "novo Centrão" cresceu a um ponto de ter sob suas "rédeas" e "comendo na palma da mão" nada mais, nada menos, que o atual Presidente da República.
Manda e desmanda na politica brasileira, seu "comandante" maior, Gilberto Kassab, faz aquilo que sempre dizíamos antigamente: "minja de porta aberta" no Palácio do Planalto. Para a Geração Z que nunca ouviu essa expressão, significava que o cara "mandava prender e mandava soltar", era considerado o "rei do pedaço".
Aproveitando-se da fragilidade e baixo desempenho da esquerda nas últimas eleições, formou com três dos seus maiores aliados - União Brasil, PSD e MDB - um bloco consistente e ciente de que unidos podem muito mais. Com sua força e interferência política são o fiel da balança nas votações da Câmara e Senado. Assumir o Executivo para quê? Deixa o desgaste para o presidente, sabem que sem eles a "rainha" não aprova nada no Congresso. Esse apoio não tem nada de democrático ou patriótico, é concedido em troca de liberação de verbas, emendas e cargos em todos os escalões do Governo.
Querem um exemplo disso? Basta ler matérias na imprensa brasileira que Kassab está "exigindo" que Lula troque um de seus ministros. E vai acontecer, o presidente sabe da importância do Centrão e está refém dele em suas decisões políticas, afinal, manda quem pode e obedece quem tem juízo. Na verdade, viramos sem querer, como na Inglaterra, uma Monarquia Constitucional, temos um 1° ministro poderoso (Moraes), 1 Parlamento (Congresso) e um Rei (Lula, com direito a uma pseudo rainha chamada Janja), que não manda nada, mas vive constantemente viajando pelo mundo com o cetro e coroa nas mãos se achando o merecedor do Nobel da Paz por suas inconvenientes opiniões sobre a segurança mundial.
E com isso, nós, "súditos", vamos tentando sobreviver nesse enorme "reino" chamado Brasil. A diferença é que por lá existe estabilidade econômica e uma moeda forte chamada Libra, sempre valendo mais que os badalados Euro e Dólar Americano.
Da maneira como está, me pergunto se não vale a pena economizarmos com eleições a cada 4 anos e criarmos uma nova forma de governo, a "Democracia Real", com Moraes, Kassab e Lula comandando nossos destinos, se é que já não está implantada.
A nós, súditos e plebeus, cabe, "democraticamente", aceitarmos calados essa mudança.
Até quando?
Só Deus sabe.