CRIME

R$ 10 mi do crime em Taubaté serão usados para segurança

Por Leandro Vaz | Taubaté
| Tempo de leitura: 2 min
Da redação
Reprodução
Evento em São Paulo marcou o investimento na área
Evento em São Paulo marcou o investimento na área

Uma operação conduzida por policiais de Taubaté resultou na recuperação de R$ 10 milhões, bloqueados em contas de investigados por lavagem de dinheiro e jogos de azar. Pela primeira vez, o montante será revertido diretamente para a segurança pública do estado de São Paulo, marcando uma iniciativa pioneira no combate ao crime organizado.

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O caso faz parte do programa Recupera-SP, criado pelo governo estadual para destinar bens e valores apreendidos do crime organizado ao Fundo de Incentivo à Segurança Pública. O recurso foi obtido por meio de um Acordo de Não Persecução Penal, realizado entre o Ministério Público e um dos investigados, que abriu mão dos bens de origem ilícita em troca de redução de pena. A Justiça homologou o acordo, garantindo a destinação do dinheiro para a segurança.

A investigação começou em novembro de 2023, em Taubaté, e resultou na apreensão de valores significativos, imóveis e veículos. A maior parte do montante será destinada à construção de uma nova sede para a Delegacia Seccional da cidade. Além disso, quatro drones serão adquiridos para reforçar as ações preventivas da Polícia Militar na região.

Em Pindamonhangaba, um imóvel utilizado pela quadrilha será leiloado, com o valor arrecadado direcionado à reestruturação do IML local. Já os veículos apreendidos serão leiloados para financiar a compra de viaturas da "Patrulha Maria da Penha", destinadas a proteger mulheres vítimas de violência doméstica.

A assinatura do acordo de transferência aconteceu nesta terça-feira (26), na sede da Secretaria da Segurança Pública, com a presença de autoridades como o procurador-geral de Justiça, Paulo Sérgio de Oliveira e Costa, e o promotor Alexandre Castilho.

O secretário de Segurança Pública, Guilherme Derrite, destacou a importância da ação. “Estamos transformando recursos ilícitos em investimentos que fortalecem nossa capacidade de combate ao crime, enfraquecendo quadrilhas e ampliando nossa estrutura de segurança”, afirmou.

O promotor Alexandre Castilho, do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), ressaltou o caráter inovador da medida. “Utilizar dinheiro ilícito para construir uma delegacia de polícia é uma mensagem simbólica de que o crime não compensa. Essa é uma vitória da sociedade e das instituições que trabalham de forma integrada.”

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