O Poder Judiciário aceitou a primeira denúncia oferecida pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) contra investigados na Operação Cama de Gato. Os acusados ainda tiveram a prisão preventiva decretada. As acusações são por organização criminosa, tráfico de drogas, lavagem de capitais e coações.
A investigação apontou que policiais civis lotados na Comarca de Piraju se organizaram com o objetivo de subtrair drogas de traficantes, inclusive vinculados a facções criminosas. Eles chegavam a simular prisões que, na realidade, não aconteciam. Nesses casos, os policiais forjavam situações de abordagem única e exclusivamente para dar aos traficantes a chance de fugir e, assim, poderem se apropriar das substâncias entorpecentes.
Já na posse das substâncias ilícitas e em conluio com outros policiais, os investigados providenciavam a remessa da droga com destino a comunidades no Rio de Janeiro, sendo que os pagamentos decorrentes do tráfico eram feitos por laranjas.
Além de policiais civis, egressos do sistema prisional também integravam a organização criminosa, facilitando a troca de informações e atraindo traficantes responsáveis pela remessa de grandes quantidades de entorpecentes que seriam posteriormente subtraídos.
Conforme o apurado, um participante do esquema tinha habilitação para pilotar helicóptero, viabilizando até mesmo o transporte aéreo e interestadual da droga. Os policiais seguem presos e as diligências prosseguem para a identificação de outros envolvidos.
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