ECONOMIA E ENERGIA

Bares criticam governo por descartar retorno do horário de verão

Por Flávio Paradella | Especial para a Sampi Campinas
| Tempo de leitura: 2 min
Pixabay
Horário de verão impulsionaria o faturamento do setor, com um aumento de até 50% no movimento de bares e restaurantes no período entre 18h e 21h.
Horário de verão impulsionaria o faturamento do setor, com um aumento de até 50% no movimento de bares e restaurantes no período entre 18h e 21h.

A Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) criticou a decisão do Governo Federal de não retomar o horário de verão em 2024. O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, anunciou que a medida será discutida novamente apenas em 2025, o que causou insatisfação no setor de bares e restaurantes, que aponta para a perda de importantes benefícios econômicos, sociais e ambientais.

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De acordo com Paulo Solmucci, presidente da Abrasel, a economia de energia de 2,9%, apontada pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), foi ignorada pelo governo. Ele destacou que, em um cenário de tarifas elevadas e pressão sobre o sistema elétrico, a medida seria fundamental. "Surpreende-nos que, em um momento de alta nas tarifas de energia, o governo desconsidere essa economia", comentou Solmucci.

Além da questão energética, a Abrasel ressaltou que o horário de verão impulsionaria o faturamento do setor, com um aumento de até 50% no movimento de bares e restaurantes no período entre 18h e 21h. "Isso traria um incremento de 10 a 15% no faturamento mensal dos estabelecimentos", estimou o presidente da associação.

Por outro lado, o ministro Alexandre Silveira afirmou que a decisão foi baseada em parecer técnico, apontando que os reservatórios estarão abastecidos com a volta do período chuvoso, afastando a necessidade de economia energética emergencial. Mesmo com uma possível economia de R$ 400 milhões em 2024, Silveira indicou que o retorno do horário de verão não foi considerado imprescindível neste momento. A medida, entretanto, poderá ser retomada em 2025, caso seja necessário.

A Abrasel lamentou que o governo tenha desconsiderado os impactos positivos da medida para setores como comércio e turismo e criticou a dependência das condições climáticas para decisões estratégicas, destacando que em outros países o horário de verão é uma política recorrente e benéfica.

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