CASO CLAUDIA

Sumiço de Claudia faz 1 mês; Polícia Civil segue aguardando laudo

Por Lilian Grasiela | da Redação
| Tempo de leitura: 3 min
Guilherme Matos
Movimentação de jornalistas em frente à Deic durante cobertura do caso, nas últimas semanas
Movimentação de jornalistas em frente à Deic durante cobertura do caso, nas últimas semanas

O desaparecimento da secretária-executiva da Apae Bauru Claudia Regina Rocha Lobo, caso que a Polícia Civil trata como um homicídio e ocultação de cadáver, completa um mês nesta sexta-feira (6). Com o ex-presidente da entidade Roberto Franceschetti Filho, o principal suspeito do crime, preso temporariamente desde 15 de agosto, a Polícia Civil aguarda os resultados de laudos importantes para completar o quebra-cabeça da investigação do caso.

Na quarta-feira (4), o delegado Cledson do Nascimento, titular da 3.ª Delegacia de Homicídios (3.ª DH) da Divisão Especializada de Investigações Criminais (Deic) de Bauru, recebeu resultado do laudo complementar da perícia feita em uma área rural às margens da rodovia Cezário José de Castilho (SP-321), onde os óculos reconhecidos por familiares como sendo de Claudia e fragmentos de ossos humanos foram encontrados.

O laudo, segundo ele, já foi anexado aos autos do inquérito. O delegado conta que também já ficou pronto resultado da extração de material genético de objetos pessoais de Franceschetti Filho recolhidos pela polícia durante o cumprimento de mandado de busca na residência dele, já que o presidente afastado da Apae não forneceu espontaneamente amostra genética para o confronto com exames periciais no carro da entidade.

Além do exame que irá apontar se a amostra de sangue coletada no banco da Spin da Apae no dia seguinte ao desaparecimento da secretária-executiva pertence a ela, a Polícia Civil ainda aguarda resultado do laudo que irá confirmar se os fragmentos de ossos humanos coletados na área onde o corpo de Claudia teria sido queimado também são dela. Os dois exames são realizados pelo Instituto de Criminalística (IC) da Capital.

A Polícia Civil já tem em mãos o resultado do exame de confronto balístico que revelou que um estojo disparado, encontrado no veículo da Apae conduzido pela secretária-executiva no dia em que ela foi vista pela última vez, e também por Franceschetti Filho, partiu de uma pistola pertencente a ele. A arma, de calibre 380, foi apreendida no cofre da casa do ex-gestor, durante cumprimento de mandado de busca.

O ex-presidente da Apae segue preso temporariamente no Centro de Detenção Provisória (CDP) de Bauru. Um pedido de revogação da prisão feito pela defesa dele foi negado pela Justiça de Bauru no último dia 30. Nesta quarta (4), o Tribunal de Justiça (TJ) rejeitou pedido liminar feito nos autos de um habeas corpus (HC) para que ele tivesse a prisão revogada e respondesse em liberdade. O mérito do HC ainda não foi julgado.

Segunda investigação

Além da apuração relacionada ao desaparecimento de Claudia Lobo, a Polícia Civil trabalha em uma segunda linha de atuação, por meio do Setor Especializado de Combate aos Crimes de Corrupção, Crime Organizado e Lavagem de Dinheiro (Seccold), vinculado à Deic, que investiga possível crime contra a ordem financeira e tributária na Apae Bauru.

O delegado responsável pelo trabalho, Gláucio Eduardo Stocco, titular do Seccold, informou, nesta quinta (5), que equipes da unidade estão analisando o conteúdo dos dados extraídos dos celulares e computadores da secretária-executiva e do presidente afastado da entidade para verificar eventuais inconsistências e dar seguimento às investigações.

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