OPINIÃO

114 anos do time do povo

Por Douglas Willian |
| Tempo de leitura: 2 min

Minha primeira memória como corinthiano surgiu em 2002. Nascido em janeiro de 1994, comecei a entender de futebol durante a Copa do Mundo, quando o Brasil conquistou o pentacampeonato. No mesmo ano, comemorei meu primeiro título como torcedor: a Copa do Brasil, vencida sobre o Brasiliense. Vindo de uma família de palmeirenses, me tornei corinthiano por causa de uma camisa dada pela minha avó, a única corinthiana da família. Era uma camisa de manga longa, número 7, usada por Marcelinho Carioca.

Minha relação com o Corinthians ficou cada vez mais forte. Lembro com carinho do time de 2005, comandado por Tevez e Nilmar, que conquistou o tetracampeonato brasileiro. Mas 2007 foi marcante de forma negativa, com o rebaixamento para a Série B após o fim da parceria com a MSI e a saída de Dualib, que estava no clube desde 1993. Esse foi um período difícil, mas meu amor pelo Corinthians só cresceu a partir daí.

A reconstrução veio com o presidente Andrés Sanchez, e o retorno à elite em 2008 foi tranquilo. Em 2009, o clube mudou de patamar com a chegada de Ronaldo. Foi uma transformação completa. Poucos podem dizer que viram Ronaldo jogar por seu time.

Um dos momentos inesquecíveis foi o gol de cobertura contra o Santos na final do Paulista de 2009, sob os olhares de Pelé. Além do título estadual invicto, o ano também trouxe a terceira Copa do Brasil para o Timão.

Em 2011, Tite, recém-chegado, foi eliminado na pré-Libertadores. Mesmo assim, o presidente manteve o técnico, uma decisão histórica. O trabalho contínuo resultou no pentacampeonato brasileiro, com um time sólido, sem grandes estrelas.

Então veio a temporada mágica de 2012. Após a eliminação no Paulista pela Ponte Preta, a equipe comandada por Tite avançou na Libertadores. A defesa sólida levou o time até a final, passando por adversários como Vasco e Santos. O confronto decisivo foi contra o temido Boca Juniors. No dia 4 de julho de 2012, no Pacaembu lotado, Emerson Sheik brilhou, marcando dois gols e garantindo o título.

Em dezembro, o Corinthians conquistou o Mundial de Clubes, vencendo o Chelsea com o gol de cabeça de Paolo Guerrero, encerrando a piada do "sem passaporte" e colocando o Timão no topo do mundo.

Entre 2013 e 2015, o Corinthians venceu a Recopa Sul-Americana e o Campeonato Brasileiro de 2015. Após um ano sem títulos, Carille assumiu o comando em 2017, conquistando o Campeonato Paulista e o Brasileiro logo na primeira temporada, além de mais dois Paulistas em 2018 e 2019.

Desde então, o clube enfrenta crises e um jejum de títulos. Recentemente, o ídolo Cássio, para mim o maior da história do Corinthians, deixou o clube após 12 temporadas e 712 jogos. Apesar da fase ruim, meu amor pelo Corinthians só cresce. Como diz a nossa música: "Eu nunca vou te abandonar, porque eu te amo, eu sou Corinthians".

Parabéns, Sport Club Corinthians Paulista, pelos 114 anos de história e glórias.

Muitos vivem de títulos, nós vivemos de Corinthians!

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