Neste mês vocacional este segundo domingo de agosto é o Dia dos Pais e esta semana que se abre é toda dedicada à família: pai, mãe, vô, vó, filhos, parentes, incluindo-se também os agregados, genros e noras. Sem deixar de sermos sérios ou de perdermos o respeito nos dias de hoje podem se incluir no espectro familiar os bichinhos de estimação: cães, gatos, papagaios. A pergunta de sempre é esta: Como seria a vida sem a família?
Contudo, que tempos são estes em que estamos vivendo quando se acirram os ânimos contra a família como projeto de Deus em nome da ideia secularista da família como uma simples construção humana, por isso, cultural, histórica? A família segundo o desígnio de Deus tem características próprias. Ela se forma pela união entre um homem e uma mulher que se amam e se dispõem com generosidade a gerar vida, a acolhê-la e educá-la para a realização pessoal, a construção da sociedade, a comunhão com Deus e a felicidade. Uma família assim concebida pressupõe uma vida de amor e para o amor. É claro que conta com o dom sincero de si mesmo até o fim, isto é, até o sacrifício próprio em favor do outro. Tenha-se presente o exemplo da médica italiana, recentemente canonizada, Santa Gianna Beretta Molla. Quando do parto ela assim decidiu: "Aborto nunca, salve-se a vida do bebê, mesmo que eu tenha que morrer".
Na cultura atual prevalece a tendência do bem-estar individual, conforme uma recente decisão do STF que privilegiou a comodidade da mãe com o sacrifício da vida do bebê anencéfalo. Que amor é este? Na maioria dos conflitos familiares está em crise o amor. Pois, não se tem presente o ensinamento e exemplo de Nosso Senhor Jesus Cristo: "Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a vida por quem se ama". Portanto, não haverá paz e solidariedade na sociedade se não se defender e promover a família, berço da vida, da comunhão e do amor. É lamentável quando se vê o Estado equiparando à família qualquer união com base afetiva, mesmo que lhe faltem as características essenciais que a identificam.
Nesta semana que se inicia a Igreja no Brasil celebra a Semana Nacional da Família. Nossa Diocese em comunhão eclesial também a celebra unindo-a com o jubileu dos 60 anos de sua criação e instalação, tendo a sua sede em Bauru/SP. Ela se encerra no domingo, 18 de agosto próximo, com a tradicional Caminhada da Família pelas ruas da nossa cidade. O tema é: "Famílias conduzidas pelo Espírito Santo".
No Evangelho da santa Missa deste domingo - Jo 6,41-51 - ouvimos Jesus dizer: "Eu sou o pão vivo que desceu do Céu". Os judeus se escandalizaram, manifestando incredulidade, porque não viam nele senão um homem comum, do qual se conhecem o pai e a mãe. Mas, Jesus sublinhou que "ninguém pode vir a Ele se o Pai não o trouxer", que Ele é o único que "vem de junto de Deus" e que "viu o Pai". Tentou convencer aquela gente incrédula com outras palavras: "Quem comer deste pão viverá eternamente. E o pão que eu darei é a minha carne dada para a vida do mundo".
Tenhamos nós a consciência de que Jesus é alimento para o fortalecimento da nossa fé e esperança e para a prática da caridade. Enfim para toda a nossa vida cristã e a vivência no amor a Deus e ao próximo. Especialmente quando nos reunimos para participar da santa Missa é que o fazemos para comer do pão da Palavra de Deus e do pão da Eucaristia. Fortalecidos por este alimento, Jesus Cristo, o pão da sua carne "dada para a vida do mundo", podemos assumir nossa identidade de cristãos, seguidores do Mestre. Jesus é o alimento do caminho para o Pai, o viático, o sustento na travessia deste mundo para o céu. Assim como o profeta Elias, alimentado com pão e água, caminhou durante 40 dias e 40 noites até ao monte de Deus, ao Horeb (cf. 1ª leitura, 1Reis 19,4-8), ou como o povo eleito no deserto, alimentado pelo maná, pôde caminhar até a Terra prometida, também Jesus é o alimento da humanidade a caminho para Deus.
Celebrando o Dia dos Pais, oremos para que Deus os abençoe e abençoe também as nossas famílias. Sagrada Família, Jesus, Maria e José, intercedei por nós! Amém!
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