NOVO PRÉDIO

Prédio do Lar Escola S. Luzia deve colocar Bauru como referência

Por Bruno Freitas | da Redação
| Tempo de leitura: 3 min
Douglas Willian
Veja fachada do novo Lar Escola S. Luzia. Estrutura ampliará de 80 para cerca de 200 deficientes visuais assistidos e oportunizar renda e vagas no mercado
Veja fachada do novo Lar Escola S. Luzia. Estrutura ampliará de 80 para cerca de 200 deficientes visuais assistidos e oportunizar renda e vagas no mercado

Um sonho que teve início há 10 anos torna-se realidade a partir deste sábado (13), quando será entregue, às 10h, o novo e moderno prédio do Lar Escola Santa Luzia para Cegos, com mais de 1.200 metros quadrados e situado no cruzamento das ruas Gustavo Maciel e Marcondes Salgado, no Centro de Bauru. Haverá uma cerimônia aberta ao público.

Segundo a diretoria da entidade e todos os Lions Clube de Bauru, a repaginada do lar ampliará de 80 para até 200 deficientes visuais assistidos. A nova estrutura também pode colocar a cidade como referência internacional no atendimento, na geração de renda e no direcionamento ao mercado de trabalho de pessoas com deficiência visual grave.

O custo da obra está avaliado em R$ 3 milhões e, somado a todo o investimento interno com estrutura, o valor se aproxima dos R$ 4 milhões, de acordo com bauruense Manoel Messias Mello, membro do Lions de Bauru Bela Vista e 23.º brasileiro a ocupar, em 100 anos, o cargo de presidente internacional da América Central, América Latina, Caribe e México.

Foram parceiros deste objetivo todos os Lions Clubes de Bauru, o Centro, Bela Vista, Estoril, Falcão, Norte, Sul, Qualidade de Vida, Autismo e Diabetes, além da Fundação Internacional do Lions Clube, o LCIF, que trouxe de recurso 134 mil dólares, aproximadamente R$ 729,67, na cotação de hoje da moeda. Também houve uma campanha de lanches solidários do Flipper Lanches, que arrecadou R$ 58 mil, mais R$ 370 mil aproximadamente de recursos de ações jurídicas do TRT-15 de Campinas e Ministério Público do Trabalho de Bauru, entre diversas outras doações, a maioria delas anônimas. Nos próximos meses, verbas parlamentares devem complementar os avanços da unidade.

Estrutura

A nova sede tem dois pavimentos, com elevador e pisos táteis, cozinha com panificadora, salas com equipamentos de informática, cinco máquinas para o ensino da linguagem braile, duas salas para crianças com materiais didáticos e pedagógicos, uma gráfica para produção de películas em braile, uma loja para comercializar produtos e consequentemente geração de renda para usuários e famílias assistidas. Será ampliado o serviço de empalhamento, marca registrada da entidade, na confecção de cadeiras, assentos e cabeceiras.

Também haverá uma sala, como sede integrada, do Centro Leonístico de Prevenção à Cegueira.

"Trata-se da realização de um sonho, nosso e dos fundadores, que criaram o lar em 1969. Somos eternamente gratos a todos os leoninos, as empresas, órgãos e pessoas anônimas que nos ajudaram. Vamos dar continuidade e melhorar nossas atividades. Deficiente não precisa de piedade, mas sim de oportunidade. E isso está acontecendo", comentou Nilce Regina Capasso Canavesi, presidente do Lar Escola Santa Luzia para Cegos. Ela acrescenta que a sede da avenida Castelo Branca seguirá em atividade, tanto para treinos do goalball quanto para ser uma casa de apoio.

Quem também não esconde a felicidade pela nova sede é o professor de informática Jorge Herrera Lopes, de 58 anos, 47 deles no lar, onde foi alfabetizado em braile na infância. "É emocionante receber essa nova sede, que vai ajudar a dar mais visibilidade na sociedade para nós, que não enxergamos", comenta.

Auxiliam na existência do lar, no dia a dia, os contribuintes parceiros, os convênios com a Prefeitura de Bauru e apoio da Associação da Mulher Unimed.

Manoel Messias Mello, do Lions Clube, a presidente do lar Nilce Capasso Canavesi e o professor da entidade Jorge Herrera Lopes (créditos: Bruno Freitas e Douglas Willian)
Manoel Messias Mello, do Lions Clube, a presidente do lar Nilce Capasso Canavesi e o professor da entidade Jorge Herrera Lopes (créditos: Bruno Freitas e Douglas Willian)

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