TERRA ROXA

Vereadores e servidores de Jaú são afastados em operação do Gaeco

Por Lilian Grasiela | da Redação
| Tempo de leitura: 2 min
Wando Alves
Gaeco e PM cumpriram 26 mandados de busca em Jaú
Gaeco e PM cumpriram 26 mandados de busca em Jaú

Jaú - Batizada de Terra Roxa, operação conduzida pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), nesta sexta-feira (5), em Jaú (47 quilômetros de Bauru), cumpriu 26 mandados de busca e apreensão no âmbito de investigação sobre possível organização criminosa. Os trabalhos levaram também ao afastamento de três vereadores e dois servidores da prefeitura. Houve, ainda, a imposição de medidas cautelares diversas da prisão a nove investigados.

As diligências reuniram nove promotores de Justiça, 15 servidores do Ministério Público (MP) e aproximadamente 80 policiais militares, integrantes do 13.º Batalhão de Ações Especiais de Polícia (13.º Baep) e da Força Tática.

De acordo com o MP, a operação mira a suposta prática de crimes de corrupções ativa e passiva, falsificação de documentos públicos, adulteração de sistemas de informações da administração pública e sonegação fiscal, dentre outros.

Os crimes, ainda segundo a Promotoria, teriam como objetivo facilitar negócios empresariais possivelmente espúrios e conduzidos por integrantes de grupo econômico. "As investigações prosseguem para a completa elucidação dos fatos", informou em nota.

Os vereadores afastados, de acordo com nota da Câmara Municipal, foram José Carlos Borgo (PDT), Luiz Henrique Chupeta (PP) e Mateus Turini (PDT). A reportagem fez contato com Borgo e Turini, mas não obteve respostas. Já Chupeta não foi localizado.

Na nota, o Legislativo informou que foram apreendidos documentos e computadores nos gabinetes de sete dos 17 parlamentares - além dos três afastados, Luizinho Andretto (Podemos), Tito Coló Neto (União Brasil), Fábio Souza (PP) e Fernando Toledo (MDB).

"Ainda de acordo com a decisão judicial apresentada pelo MP, os vereadores Borgo, Chupeta e Mateus Turini, que tiveram os mandatos suspensos, não poderão acessar a Prefeitura Municipal e a Câmara, não poderão manter contato com os demais investigados na operação, estão impedidos de se ausentar da comarca por mais de 8 dias sem autorização judicial e deverão comparecer em juízo, bimestralmente, para justificar e informar suas atividades", afirma a Câmara.

Também por meio de nota, a Prefeitura de Jaú esclareceu que os mandados foram cumpridos em ao menos 26 endereços, incluindo residências de empresários, pessoas que fizeram parte da antiga gestão e vereadores, além das dependências da Câmara. O Executivo não se pronunciou sobre os servidores afastados.

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