OPINIÃO

O arroz estatal de Lula: uma receita de demagogia

Por Roberto Valin |
| Tempo de leitura: 2 min
Jornalista

A nova medida do presidente Lula, ao tabelar o preço do arroz a 8 reais por quilo e distribuir pacotes com um logotipo estatal, revela uma abordagem intervencionista reminiscente soviética. A justificativa de controlar a inflação dos preços do arroz devido à calamidade no Rio Grande do Sul, responsável por 70% da produção nacional, não se sustenta diante das alternativas mais racionais, como a redução das alíquotas de importação.

Em vez de buscar soluções pragmáticas, o governo opta por inflacionar sua presença na vida dos eleitores. Medidas de importação e a criação de um estoque regulador seriam mais que suficientes para estabilizar o mercado, sem a necessidade de uma intervenção direta e propagandística.

A decisão de distribuir arroz com uma marca oficial ultrapassa os limites, utilizando uma crise para obter ganhos políticos às custas da liberdade de mercado.

O medo de uma escalada nos preços, que poderia impactar negativamente a aprovação do presidente, e a arrogância de acreditar que todos os efeitos da intervenção estatal podem ser controlados, motivam essa ação precipitada. No entanto, tal medida pode desorganizar o mercado, prejudicando os produtores nacionais e criando um cenário de competição desleal.

A maior parte da safra de arroz já foi colhida, e a dificuldade atual é o transporte devido às interrupções nas estradas. Com o arroz estatal competindo no mercado, os preços podem sofrer distorções, impactando a próxima safra e levando à redução da área plantada. Essa intervenção pode resultar em um desarranjo estrutural cujas consequências são imprevisíveis.

A política de Lula, ao associar seu nome a cada garfada de arroz, é uma forma de demagogia que visa ganhos políticos imediatos, mas que pode trazer sérias repercussões para o agronegócio e para a economia nacional.

Em vez de soluções temporárias e propagandísticas, o Brasil precisa de políticas sustentáveis que garantam a estabilidade do mercado e a segurança alimentar sem comprometer os princípios de livre mercado.

Comentários

1 Comentários

  • EDSON anaia 05/06/2024
    O CHORO E LIVRE , POVO POBRE FEZ O L.NEM O ARROZ VCS QUEREM DAR PRO POBRE.