OPINIÃO

Gestão de pessoas

Por Gregório José | 15/05/2024 | Tempo de leitura: 2 min

Jornalista/radialista/filósofo

Em meio aos desafios da quinta revolução industrial, é crucial repensar a forma como enxergamos e gerenciamos as pessoas dentro das organizações. Há muito tempo, a expressão "recursos humanos" tem sido utilizada de forma equivocada, reduzindo a atuação humana a um simples recurso, facilmente substituível.

É preciso compreender que as pessoas não são recursos, mas sim agentes fundamentais no processo de criação de valor das empresas. Mesmo diante dos avanços da inteligência artificial, há habilidades que somente os seres humanos possuem, como o pensamento crítico e a capacidade de análise de ambiguidade.

É mais que necessário humanizar as relações de trabalho, reconhecendo o potencial e a complexidade de cada indivíduo. A expressão "gestão de pessoas" vem ganhando espaço, refletindo uma nova abordagem que busca valorizar o talento humano e promover um ambiente de trabalho mais inclusivo e colaborativo. Ao invés de simplesmente alocar, deslocar ou descartar pessoas, é necessário criar um ambiente que permita o desenvolvimento pleno de cada colaborador. Isso envolve não apenas questões profissionais, mas também pessoais, reconhecendo as aspirações, motivações e diversidade de cada indivíduo.

A diversidade, aliás, é um elemento fundamental para a inovação e o crescimento das organizações. Empresas que priorizam a diversidade no ambiente de trabalho estão mais propensas a gerar ideias disruptivas e incentivar o potencial criativo de seus colaboradores.

Diante desse novo paradigma, o papel do departamento de recursos humanos passa por uma profunda transformação. Mais do que simplesmente lidar com questões burocráticas, a gestão de pessoas deve ser vista como uma área estratégica, responsável por promover o desenvolvimento profissional e pessoal dos colaboradores, elaborando planos de carreira, motivando equipes e criando um ambiente propício ao crescimento e à inovação.

É hora de abandonar a visão ultrapassada de que as pessoas são apenas recursos a serem utilizados. Elas são muito mais do que isso: são agentes de transformação, criatividade e inovação. É fundamental reconhecer e valorizar o potencial humano, criando um ambiente de trabalho mais humano, inclusivo e colaborativo.

Li uma frase que achei interessante. desconheço o autor, mas a citarei aqui: "Quando eu rotulo uma pessoa como recurso, inconscientemente, estou infiltrando na mente dela a crença que o seu conhecimento é limitado e comum, que é apenas mais um numa empresa. Que eu posso trocar um recurso pelo outro que não fará diferença".

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