OPINIÃO

Turismo náutico ganha força no Interior

Por Roberto de Lucena | 11/04/2024 | Tempo de leitura: 2 min

O autor é secretário de Turismo e Viagens do Estado de SP

Em uma iniciativa inédita e investimento de mais de R$ 4 milhões, o Governo de SP inaugurou, recentemente, estruturas náuticas de uso público nos municípios de Pederneiras, Timburi e Avaré, às margens dos rios Tietê e Paranapanema. A partir de agora, quem mora ou visita a região terá à disposição píeres flutuantes, passarelas e sistemas de ancoragem, permitindo o embarque seguro e a parada de barcos, lanchas e motos aquáticas; além da prática de atividades como windsurf, caiaques e pranchas de standup padle.

Em Pederneiras, a Secretaria investiu R$ 1,3 milhão nas estruturas náuticas; em Timburi, R$ 1,32 milhão e em Avaré, R$ 1,39 milhão. O turismo náutico cresceu no Brasil e no mundo nos últimos anos, especialmente durante a pandemia. A procura por ambientes abertos e pelo contato com a natureza elevaram a procura dos turistas a fazerem a locação de barcos, lanchas e motos aquáticas, de acordo com dados da Associação Brasileira de Construtores de Barcos e Implementos (Acobar), com crescimento de 10% ao ano nos últimos cinco anos. O Estado de SP tem um dos maiores potenciais para o turismo náutico do continente. São 4.200 Km de rios navegáveis e mais de 50 grandes reservatórios, além de 880 Km de costa marítima. Ao classificar as estruturas náuticas como infraestruturas de interesse público, o Governo de SP induz o desenvolvimento de toda a cadeia, com amplo impacto socioeconômico.

A entrega deste fim de semana é resultado de um plano de desenvolvimento de grande impacto em 13 municípios do interior paulista: Araçatuba, Pereira Barreto, Rubineia, Três Fronteiras, Fartura, Piraju, Sales, Timburi, Mira Estrela, Presidente Epitácio e Rosana, além de Avaré, Timburi e Pederneiras. Se considerados os 13 municípios paulistas contemplados pelo programa, foram R$ 30 milhões em recursos do Governo de SP, investimentos que devem elevar o número de turistas e excursionistas, que atualmente não ultrapassa 1,82 milhão por ano, para 3,12 milhões até 2032. Já a movimentação financeira direta e indireta nestes municípios deve triplicar com as estruturas náuticas: de R$ 138 milhões por ano para mais de R$ 523 milhões no mesmo período, segundo projeção do Centro de Inteligência da Economia do Turismo (CIET).

Em outras palavras, o turismo náutico é uma forma sustentável de desenvolver um destino turístico por meio do potencial de rios e represas, promovendo a consciência ambiental e a geração de empregos. Estima-se que uma instalação de apoios náuticos para 300 embarcações tenha impacto direto, indireto e induzido de R$ 141 milhões por ano na economia local e garanta 780 postos de trabalho, de acordo com a Acobar e a Lidera Consultoria. Os empregos são gerados de forma direta e indireta em instalações como marinas, estaleiros, fabricantes e fornecedores de embarcações, além de hotéis, restaurantes e comércio local.

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