Os heróis do acesso!                

Fernanda Luz

Esse acesso ficará marcado como uma conquista conjunta. Uma conquista de um grupo. Onde todos jogavam por todos. De jogadores que ouviram muitas criticas e continuaram se dedicando ao máximo. Que mostraram uma vontade e uma confiança que há muito não se via. Que deixarão seus nomes escritos na história do Noroeste. Apenas 4 atletas  jogaram todas as 19 partidas até essa conquista: Reynaldo, Diego Maia, PH e Paulista. Precisamos falar um pouco sobre eles. Reynaldo talvez tenha falhado em gols nas 2 primeiras partidas. Foi criticado. Aguentou calado. Deu a volta por cima e fechou com chave de ouro sua participação defendendo o pênalti que praticamente garantiu o acesso. PH, Maia e Paulista foram impressionantes. Estiveram em todos os jogos e todos com boas (senão ótimas) atuações...

Balardin e Maycon com 17 jogos e Luizão (com 16) deram uma segurança enorme pro setor defensivo. Blade é um caso à parte. O meia fez 17 jogos e é um jogador diferenciado. Marca e apóia. Desarma e chega pra concluir. Peça fundamental no esquema. Rodolfo e Isael deram a qualidade e a criação que o meio campo precisava. Luiz Thiago foi decisivo no jogo com o Taubaté (3 gols) e na vitória em Sorocaba. Pedro foi um atacante que sempre lutou e por pouco não fez o “gol do acesso”...

Todos fizeram parte dessa história. Teve o John, Denner, Pereira (com o gol importante em Monte Azul), Leléco, Thiagão, Emerson, Bala, Lucas Douglas e Buiú. Todos foram muito importantes. Me perdoem, mas deixei por último um cara diferenciado. Um MONSTRO! O artilheiro da Série A2. O centroavante que não fica parado um segundo. Autor de 11 dos 28 gols nessa campanha do Noroeste. Carlão joga e luta como se fosse um torcedor em campo. Não um simples torcedor. Parece aquele mais fanático. Que acredita em tudo. Que não desiste. E ele “incendiou” todos nesse grupo. A todos vocês, MUITO OBRIGADO!                   

Um técnico que tem a sua convicção!

Douglas Dias

Não é fácil ser Treinador de futebol no Brasil. Afinal de contas, somos mais de 200 milhões de “treinadores”. Todos possuem a sua opinião e entendem que é a melhor. Sabem quem escalar e como jogar. Estão sempre certos. Qualquer resultado negativo e as cobranças (e avalanche de críticas) chegam. É um tal de “tinha que jogar com linha de 4”, “tinha que colocar o Fulano”, “não é possível que ele tirou o Pelé”. E por aí vai. Poucos treinadores sofreram tanto nesse Paulistão Série A2 como o técnico do Esporte Clube Noroeste. O que o Moisés Egert ouviu de críticas foi uma barbaridade. De todos os lados (de todos as categorias possíveis). Ele “segurou a onda”. Ele sempre confiou no seu trabalho...

Moisés tinha a convicção de que estava no caminho certo. Que a maneira de jogar do seu time era a melhor. Seguiu apostando no sistema com 3 zagueiros e saídas rápidas em transição pelas alas ou pelo meio. Seguiu acreditando principalmente nos seus jogadores. No seu grupo. O tempo mostrou quem estava certo. Da possível saída após a goleada em Piracicaba pra conquista do acesso. Tenho uma convicção: o acesso não viria sem ele. Que bom que ele continuou. Pra nos dar essa alegria que não cabe no torcedor noroestino. Não faltava e nunca faltou trabalho. A recompensa veio ontem. Moisés Egeert: o comandante de um grupo que levou o Noroeste de volta à elite do futebol paulista. É só agradecer...