EM BAURU

Uniformes: Compra para 2024 começou quando aquisição para 2023 nem havia sido concluída

Informação surpreendeu servidores da prefeitura de Bauru

Por André Fleury Moraes | 04/04/2024 | Tempo de leitura: 1 min
da Redação

Pedro Romualdo/Câmara de Bauru

A vereadora Estela Almagro (PT) presidiu a reunião
A vereadora Estela Almagro (PT) presidiu a reunião

O processo de aquisição dos uniformes escolares para 2024 foi aberto e encaminhado ao gabinete da prefeita Suéllen Rosim (PSD) na mesma época em que tramitava um outro procedimento, este na Secretaria de Educação, destinado à compra também de uniformes - mas para o ano letivo de 2023.

Na prática, o processo percorreu os departamentos internos o Palácio das Cerejeiras, sede da Prefeitura de Bauru, durante mais de 10 meses antes de ser lançado ao mercado. Tramitou concomitantemente ao procedimento de mesmo objeto destinado ao ano letivo de 2023.

E apesar do longo período em que permaneceu nas dependências internas da prefeitura, os uniformes de 2024 ainda não foram integralmente entregues às escolas da rede municipal de ensino.

A informação de que havia dois procedimentos correndo ao mesmo tempo surpreendeu os técnicos da administração que participaram de audiência pública promovida pela vereadora Estela Almagro (PT) nesta quarta-feira (3).

O encontro foi agendado para discutir a compra não só dos uniformes, mas também dos materiais escolares. As duas aquisições levantam suspeitas entre os vereadores de oposição.

No primeiro caso, como noticiou o JC, o governo pagou até 90% a mais sobre os uniformes deste ano na comparação com a mesma compra - da mesma empresa, aliás - em 2023.

Já a aquisição dos uniformes, por sua vez, entrou na mira da Câmara após reportagem do JC que mostrou que proprietário da fornecedora dos produtos responde a uma ação do Ministério Público da Paraíba que o acusa de repassar propina a agentes políticos.

Ele também chegou a ser alvo de um processo no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) por formação de cartel. Acabou absolvido, embora a relatora tenha se manifestado pela condenação.

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