JUSTIÇA

Primeiro voto de Dino no STF é sobre repercussão geral na uberização

Por André Richter | da Agência Brasil
| Tempo de leitura: 1 min
Valter Campanato/Agência Brasi
Flávio Dino, ministro do Supremo Tribunal Federal
Flávio Dino, ministro do Supremo Tribunal Federal

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Flávio Dino proferiu nesta segunda-feira (26) o primeiro voto na Corte após a posse no cargo, ocorrida na semana passada. Em sua primeira manifestação no STF, Dino se manifestou a favor da unificação nacional do entendimento sobre o vínculo de emprego entre motoristas de aplicativo e a plataforma Uber.

Com o voto de Dino, o Supremo tem placar de 2 votos a 0 a favor do reconhecimento da chamada repercussão geral, mecanismo que obriga todo o Judiciário a seguir o entendimento do STF após o julgamento de uma causa. O julgamento ocorre no plenário virtual e será encerrado no dia 1° de março.

Após decidir sobre o reconhecimento da repercussão geral, o Supremo vai marcar novo julgamento para decidir definitivamente sobre a validade do vínculo de emprego dos motoristas com os aplicativos.

Atualmente, grande parte das decisões da Justiça do Trabalho reconhecem vínculo empregatício, mas o Supremo possui decisões contrárias. Em dezembro do ano passado, a Primeira Turma da Corte entendeu que não há vínculo com as plataformas. O mesmo entendimento já foi tomado pelo plenário em decisões válidas para casos concretos.

De acordo com o voto proferido pelo relator da questão, ministro Edson Fachin, é necessária uma decisão definitiva do Supremo sobre a uberização. No posicionamento divulgado na semana passada, cerca de 10 mil ações no país tratam do tema.

"As disparidades de posicionamentos, ao invés de proporcionar segurança e orientação, agravam as incertezas e dificultam a construção de um arcabouço jurídico estável e capaz de oferecer diretrizes unívocas para as cidadãs e cidadãos brasileiros”, afirmou o ministro.

Comentários

1 Comentários

  • Tati 27/02/2024
    Sou a favor da uberizacao sem vínculo, desde que obrigue as plataformas a recolherem INSS pra não termos um estouro da LOA no futuro com idosos medingos, por não conseguirem se aposentar. O INSS funciona como uma pirâmide e não podemos fechar os nossos olhos e querermos ser tão moderninhos, pq no Brasil, a moeda é real, e não dólar, e estamos há anos em grande defasagem monetária com relação aos EUA, país onde surgiu o UBer e eles não tem vínculo, só que ganham muito mais que no Brasil (em dólar)...