CRIME

Polícia Civil prende dois suspeitos de terem matado e ocultado corpo de homem em Bauru

Por Larissa Bastos |
| Tempo de leitura: 3 min
Redes sociais/Reprodução
Homem que gravou vídeo da vítima agonizando foi identificado e preso pela Polícia Civil
Homem que gravou vídeo da vítima agonizando foi identificado e preso pela Polícia Civil

A Polícia Civil de Bauru, por meio da 3.ª Delegacia de Homicídios (3.ª DH) da Divisão Especializada de Investigações Criminais (Deic), prendeu dois homens sob a suspeita de envolvimento no assassinato e ocultação do cadáver de Jeferson Michel dos Santos, conhecido como Maikon, morador do Parque Roosevelt, que está desaparecido desde 28 de janeiro último. Outros dois investigados não foram localizados e, agora, são considerados foragidos da Justiça.

Conforme o JC noticiou em 30 de janeiro deste ano, a mãe da vítima contou ao JC que Maikon sumiu por volta das 6h daquele dia, nas proximidades da “Biqueira da Cerquinha” - ponto de venda de drogas no bairro também chamado de "Biqueira do Arvrão" ou "Biqueira da Cerca", localizada na rua Eduardo Ruiz.

De acordo com ela, o filho costumava ir ao local para comprar cocaína. Porém, naquele domingo, não voltou para casa. Depois, a genitora soube que Maikon havia sido espancado por traficantes e, depois de ser morto supostamente a tiros, teria sido enterrado em uma grande área de mata na margem da rodovia Comandante João Ribeiro de Barros (SP-294), a Bauru-Marília.

Segundo o delegado Cledson do Nascimento, titular da 3.ª DH/Deic e responsável pelas investigações, foi apurado que Maikon teria sido assassinado porque traficantes locais desconfiaram que tinha “delatado” a policiais militares (PMs).

BUSCAS

Durante as buscas pelo corpo, a Polícia Civil encontrou uma camiseta e bermuda da vítima. Há, inclusive, um vídeo que mostra o homem caído no chão, bastante machucado e agonizando por conta das agressões, vestindo as roupas apreendidas. Foi feita perícia técnica no ponto onde elas foram localizadas.

Ainda de acordo com o delegado, o autor da filmagem foi o primeiro investigado a ser preso sob suspeita de envolvimento no caso. “Pelas tatuagens da mão que segurava o celular que gravava, foi identificado a pessoa de S.L.S.L. (somente as iniciais foram divulgadas), ligado ao bando que promove o tráfico de drogas no local, sendo representada pela decretação de sua prisão temporária”, detalha.

Neste mesmo vídeo, o autor diz “quebrando e atuando, tio (sic)” e faz o número três com os dedos das mãos. Essa ação, de acordo com Nascimento, seria em alusão a facções criminosas das quais alguns dos suspeitos das agressões seriam integrantes.

Ainda segundo o delegado, S.L.S.L. se apresentou na sede da Deic acompanhado de advogado e, durante interrogatório, admitiu ter gravado o vídeo, mas negou envolvimento nas agressões, no assassinato e na ocultação do corpo. Ele foi encaminhado ao Centro de Detenção Provisória (CDP) de Bauru, onde permanece cumprindo prisão temporária.

IDENTIFICADOS

Em continuidade às investigações, Nascimento conta que foram identificados mais dois indivíduos que teriam agredido a vítima diretamente, além de outros que seriam comandantes da “cerquinha”.

Com isso, policiais civis efetuaram buscas domiciliares em pelo menos seis endereços nesta quinta-feira (15), sendo em um condomínio no Parque Primavera e em residências no Jardim Vânia Maria e Petrópolis.

“Um dos autores, J.A.X., foi localizado escondido embaixo da cama. O conduzido confessou ter dado ‘apenas duas pauladas’ na perna da vítima e disse que foi agredido por se recusar a ajudar a enterrar o corpo. Os outros dois homens identificados não foram encontrados durante as buscas e, agora, são considerados foragidos da Justiça. Um terceiro indivíduo (que seria o quinto envolvido no homicídio) ainda não foi identificado”, complementa o delegado.

Além disso, Nascimento pontua que, desde a denúncia do desaparecimento, “foram efetuadas incessantes buscas com apoio do Corpo de Bombeiros para tentar localizar eventual cadáver enterrado” na área de mata indicada pela família, mas sem sucesso.

O caso continua sob investigação da Polícia Civil.

Comentários

3 Comentários

  • Josevaldo 16/02/2024
    Luís... Polícia Militar não é para fazer blitzes, cuidar de gente mimada e sem noção... é para cuidar da segurança pública. Se Bauru tivesse Guarda Civil Municipal, que tem um viés mais comunitário, seria excelente. Depois povo reclama que demora pra chegar viatura em ocorrência, enquanto algumas ficam fazendo esse tipo de trabalho. Entendo o que sente, isso é revoltante.
  • luis roberto romero 16/02/2024
    Quando a Polícia vai continuar com as Blitz das motos barulhentas? É só uma vez por ano? Assim não adianta. Se fizer sempre resolverá porque já está uma bagunça novamente. A polícia só vê quando ela quer. Acelerem!!!!! Policiais...
  • Hugo 16/02/2024
    Parabéns aos policiais!!!