UNIVERSIDADE DE SP

Piracicabanos contam experiência em ter feito parte de pilares históricos da USP

Por Nani Camargo | nani.camargo@jpjornal.com.br
| Tempo de leitura: 3 min
Marcos Santos/USP
Vista interna da Faculdade de Direito do Largo de São Francisco
Vista interna da Faculdade de Direito do Largo de São Francisco

Na semana em que a USP completa 90 anos - em 25 de janeiro - o Jornal de Piracicaba foi conhecer a experiência de piracicabanos que se formaram nos quatro pilares históricos da instituição.

José Vicente Caixeta Filho fez engenharia civil na Politécnica de SP entre 1980 a 1984. “A USP contribuiu com minha vida profissional e uma grande tomada de decisão foi a escolha da minha área de atuação: logística associada ao agronegócios. Por estar na Esalq, tive a oportunidade de introduzir essa matéria em Piracicaba. Sou grato pela minha formação”, declarou ele (foto abaixo), diretor da Esalq entre 2011 e 2015.

O advogado Marcelo Batuíra - diretor do JP - se formou em 1993 pela Faculdade de Direito do Largo de São Francisco. “Lembro-me com orgulho de subir pela primeira vez as escadarias da faculdade e apreciar seu belo vitral. Também chamada de faculdade ‘das Arcadas’ por conta dos arcos que rodeavam o páteo central, o edifício trazia uma longa tradição histórica que remontava ao dia 11 de agosto de 1827, quando Sua Majestade Imperial D. Pedro I criou em São Paulo e em Olinda. Fico feliz por ter feito parte dessa história, hoje quase bicentenária. Minha melhor lembrança era da enorme biblioteca e do setor ‘proibido’ aos alunos, onde eram guardados livros antigos”, diz ele (abaixo)

A engenheira agrônoma Sonia Piedade se formou em 1981 na Esalq. “Aprendi muito na graduação, conheci pessoas importantes para a minha caminhada. Fiz mestrado e doutorado em Ciências na Área de Concentração de Estatística e Experimentação Agronômica. Entrei para o quadro de docentes em 1994. Sou professora titular da Esalq e tenho muito orgulho da minha profissão, dos meus alunos e da minha escola. Estou na coordenação do Curso de Engenharia Agronômica e a Esalq é tudo na minha vida profissional”.

Neurologista, Theo Perecin tem orgulho de ter feito medicina em Ribeirão Preto (1982 a 1991). “A USP tem patrimônio consolidado por sua história tanto na qualidade estrutural como na docência que permite a perpetuação de excelência na qualidade de ensino”.  Sua mãe Marly Perecin escreveu livro sobre a Esalq chamado “Passos do Saber”.

‘Oportunidade da USP fazer um balanço’,  diz reitor

Quando foi fundada em 1934, a Universidade de São Paulo se estabeleceu principalmente sobre cinco pilares – quatro deles históricos, como a Faculdade de Direito do Largo de São Francisco (criada em 1827), a Escola Politécnica (1893), a Escola de Agricultura de Piracicaba (1901), que se tornaria a Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, e a Faculdade de Medicina (fundada em 1912). Um quinto pilar foi criado justamente pensando na nova universidade: a FFCL (Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras) que, desmembrada e renomeada em finais dos anos 1960, daria lugar à  FFLCH (Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas) e a várias outras unidades, como o Instituto de Física e o Instituto de Química.

Um concerto da Osusp (Orquestra Sinfônica da USP) na Sala São Paulo vai marcar o início das comemorações pelos 90 anos da Universidade. O aniversário é celebrado no dia 25 de janeiro, data em que o então interventor federal no Estado de São Paulo, Armando de Salles Oliveira, assinou o decreto de criação da instituição em 1934.

Para o reitor Carlos Gilberto Carlotti Junior, o evento será um momento de muita simbologia e de reconhecimento a respeito do que a história da USP representa para a sociedade: “90 anos é uma efeméride que precisa ser comemorada, e é ao mesmo tempo uma oportunidade para a Universidade fazer um balanço de suas atividades e pensar o seu futuro. A colaboração com a sociedade por meio da formação de recursos humanos altamente qualificados e suas pesquisas tem sido fundamental para o desenvolvimento de São Paulo e do Brasil”, afirma.

No final de 2023, o RUF (Ranking Universitário Folha), organizado pelo jornal Folha de S. Paulo, classificou a  USP como a melhor instituição de ensino superior do Brasil. É a sexta vez que a universidade figura no topo da lista desde a criação da avaliação, em 2012, e o terceiro ano consecutivo em que alcança a melhor posição.

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