A ativista Esthefania Roberta de Oliveira, conhecida como Tetê Oliveira, morreu na madrugada desta quarta-feira (27), em Bauru. Ela tinha 31 anos e lutava há anos contra o Lúpus, uma doença autoimune e inflamatória, cujas complicações resultaram, inclusive, na amputação recente de parte de sua perna esquerda. Nos últimos dias, seu quadro de saúde piorou e ela voltou a ser internada.
Militante do PSOL, nas eleições de 2020, Tetê obteve 1.148 votos como candidata a vereadora. Como o partido não obteve quociente, ela acabou não sendo eleita ao Legislativo local.
Tetê também era suplente de deputado federal pela sigla, assim como membro do Conselho Municipal de Política Cultural e do Conselho Municipal de Atenção à Diversidade Sexual (Cads), além de cofundadora do Instituto "Formando Mentes Coletivas".
Nesta manhã, a Secretaria Municipal de Cultura lamentou, em redes sociais, o falecimento de Tetê Oliveira, também conhecida pelo combate ao racismo e outras discriminações como a de gênero e relativa a pessoas com deficiências.
Amigos e parentes se despediram dela no Centro Velatório Terra Branca. Às 12h, seu corpo seguiria para Rincão, onde será sepultada.
Nilma Renildes da Silva, professora doutora do Departamento de Psicologia da Unesp Bauru, atuava com Tetê em diferentes frentes da militância bauruense e destacou a importância da ativista. “Ela estava num caminho de acúmulo de forças políticas que nos fará falta. Sobretudo, era uma mulher negra, corajosa e pessoa meiga, humana. Aprendemos com ela a nos aquilombar nas famílias substitutivas e ir até os últimos suspiros pelas nossas lutas e defesa de nossos direitos”, conta.