ECONOMIA

Presidente do Banco Central compara Selic a antibiótico

Por Reinaldo Cafeo | 15/04/2023 | Tempo de leitura: 4 min

Arquivo/Agência Brasil

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto
O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto

O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, comparou a Selic a uma dosagem de antibiótico e disse ainda que não é hora de reduzir juros no Brasil. Segunda ele, a queda da inflação de março é só mais um dado e a autoridade monetária monitora o momento certo de começar a baixar as taxas – e que ainda não chegou. Em sua fala, o presidente do BC fez uma metáfora e comparou a Selic a uma dosagem de antibiótico, onde a economia é o paciente, e afirmou “se você parar no meio do tratamento só porque você tem os primeiros sintomas mais positivos, você pode perder todo o efeito”. Resumo: os juros cairão quando o BC tiver convicção de que a inflação estiver efetivamente controlada.

Vendas do varejo sobem 3,8% em janeiro
O comércio varejista brasileiro voltou ao azul no início de 2023. O volume vendido avançou 3,8% em janeiro em relação a dezembro, crescimento mais acentuado para este período do ano dentro da série histórica da Pesquisa Mensal de Comércio, iniciado em 2000 pelo IBGE. Considerando todos os meses do ano, a taxa foi a mais elevada desde julho de 2021. Apesar do crescimento, o setor deve registrar perda de força ao longo do ano, principalmente pelo crédito mais restrito e a renda desacelerando. Vale lembrar que dados do mercado de trabalho foram fracos neste início do ano, tanto na queda na geração líquida de empregos formais, bem como no aumento da taxa de desemprego.

Taxas de importados: afeta o e-commerce brasileiro?
O anúncio da Receita Federal que irá acabar com a regra que isenta de imposto as remessas internacionais com valor inferior a US$ 50 (cerca de R$ 250) realizadas em plataformas de e-commerce estrangeira, como Aliexpress, Shopee e Shein, tem dividido opiniões. A análise é se isso afeta ou não o e-commerce brasileiro. De um lado, é evidente que as empresas brasileiras podem ser beneficiadas, afinal, a oneração tributária tira competitividade dos produtos vindos de fora. Por outro lado, muitas pessoas físicas se beneficiam com as compras a preços menores, quer para uso pessoal, quer para revender internamente. Outra questão: sem concorrente externo quem garante que os preços internos não subirão? Entendo que o diálogo com os representantes do setor do varejo poderia encontrar um meio termo. O e-commerce pode perder espaço com essa decisão.

Aprofundando: qual o impacto no bolso do consumidor?
O imposto será de 60% cobrado sobre os produtos importados incidirá sobre o preço do produto, e ainda sobre outros custos da compra, como frete ou qualquer seguro adquirido na transação. Por exemplo, uma compra de US$ 10 (R$ 50) terá US$ 6 de imposto, ou R$ 30 a mais. A compra, neste exemplo, saltaria de R$ 50 para R$ 80. Se considerar os incrementos nos preços do frete e seguro, o produto pode chegar para o consumidor próximo a R$ 90. Com o fim da isenção para pessoas físicas, a mesma taxa vai incidir também sobre qualquer item enviado do exterior por algum amigo ou familiar, por exemplo.

Linha de crédito para pequenos negócios
A Caixa Econômica Federal retomou uma linha de crédito destinada a pequenos negócios. Foram disponibilizados R$ 3,9 bilhões para micro, pequenas e médias empresas, além de microempreendedores individuais (MEIs), com receita bruta de até R$ 300 milhões por ano. É possível emprestar de R$ 5 mil até o limite de R$ 5 milhões, conforme faturamento e avaliação de crédito da empresa. O prazo de pagamento varia de acordo com o porte das empresas e o relacionamento do cliente, podendo ser de até 60 meses, sendo até 12 de carência. A linha tem garantia de até 80% pelo Fundo Garantidor para Investimentos (FGI), no âmbito do Programa Emergencial de Acesso a Crédito (PEAC). Não há cobrança de tarifa de contratação ou de Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). O dinheiro é para capital de giro. A taxa de juros dependerá do relacionamento do cliente com a Caixa.

Viagem em julho? É hora de se programar
Quem planeja consegue condições melhores, portanto, se pretende viajar nas férias de julho, já passou da hora de se programar. Levante o destino, veja sua condição financeira, e busque uma agência de viagens de sua confiança. Quanto antes cotar e fechar, melhores as condições. Boa viagem!

Mude já, mude para melhor!
Tempos difíceis requerem sabedoria para enfrentá-los. Utilize da experiência própria ou de amigos e parentes, e divida sua ansiedade, encontrando o melhor caminho para não se abalar diante das adversidades. Mude já, mude para melhor!

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do SAMPI

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