Isso tem nome, é melasma. O melasma é um problema de pele que, quase sempre, é mais notado no verão. Então, como se proteger e o que fazer quando as manchas de melasma aparecem?

Continue lendo minha coluna para entender!

O que é melasma?
Melasma é uma condição da pele que se caracteriza pelo surgimento de manchas escuras, sem formato definido, principalmente no rosto ou regiões mais expostas, como colo, pescoço e braços. Essas manchas têm os limites bem demarcados, mas com formatos irregulares, bem diferentes de pintas, e aparecem numa tonalidade mais escura do que a da pele da pessoa que tem.

Um ponto bem importante sobre melasma é que se trata de uma condição crônica, ou seja, não existe cura, mas ela pode ser controlada e tratada.

Apesar de não se conhecer exatamente a causa, sabemos que o fator desencadeante é a exposição à luz ultravioleta e à luz visível. Moral da história: tanto raios de sol quanto lâmpadas artificiais podem provocar o surgimento de melasmas.

Há ainda fatores hormonais e a predisposição genética que influenciam no surgimento desta condição.

Quem está mais sujeito a ter melasma?
Em geral, são as mulheres, por conta de anticoncepcionais femininos e da gravidez. Mas alguns homens também podem apresentar, acima de tudo, aqueles que abusam do sol.

Nas mulheres, o melasma aparece principalmente na idade reprodutiva, entre 20 e 50 anos. É raro que apareça na puberdade, o que indica bastante o fator hormonal.

Outro ponto levantado por estudos é que problemas de tireoide também podem desencadear o melasma.

Além de manchar a pele, quais os riscos do melasma?
A questão de ter melasma é predominantemente estética, o que pode impactar a autoestima das pessoas, já que a mancha fica em locais mais visíveis, como rosto, colo, pescoço e braços.

O fato de ser uma questão estética não a torna menos importante e digna de tratamento, porque sabemos que a autoestima impulsiona nossa vida e nos deixa mais felizes.

Vale dizer que melasmas surgidos na gravidez tendem a ir clareando conforme o passar do tempo, mas, ainda assim, existem vários tratamentos para amenizar — alguns deles somente após a amamentação.

O ponto importante sobre o melasma é entender o quanto você está usando filtro solar com sabedoria, porque o filtro não previne apenas melasma, mas câncer de pele e o envelhecimento precoce. Por isso, vale conversar com seu dermatologista.

Como tratar o melasma?
O ponto de partida é conversar com seu dermatologista, que vai indicar o melhor para sua pele. Além disso, lembre-se que melasma não tem cura, apenas controle.

Os tratamentos possíveis são:

• Peelings químicos: dependendo da substância usada, são mais ou menos intensos e costumam ter um efeito interessante, principalmente quando atingem camadas mais profundas da pele.

• Laser: é fato que fontes de laser ajudam a renovar a pele, clareando-a. É preciso fazer esse tratamento com um médico especialista, evitando causar mais hiperpigmentação, ok?

• Cremes ou séruns: produtos manipulados ou comprados em farmácia com hidroquinona, ácido glicólico, ácido retinóico ou ácido azeláico na composição podem ser usados à noite e ajudam a tratar a pele. É uma boa opção combinar cremes e tratamentos, como seu dermato pode indicar.

• Uso de protetor solar: essencial tanto para prevenir o melasma quanto não fragilizar ainda mais a pele durante o tratamento, já que todas as formas citadas deixam a pele mais sensível. Seu dermatologista vai indicar o produto mais interessante a seu tipo de pele, mas ele deve proteger contra os raios UVA e UVB.

Além de tudo isso, contra o melasma é essencial cuidar da pele sempre, usando protetor solar e demais produtos indicados pelo dermatologista. Além de se consultar com regularidade, para garantir que está tudo em dia!

Um grande abraço e até o próximo domingo,

Daniela Hueb

Médica, CRM-SP 96.027