EM BAURU

Homem é detido suspeito de manter casa de prostituição na região central

Por Marcele Tonelli | da Redação
| Tempo de leitura: 2 min
Divulgação
Delegada Márcia dos Santos explica que a prostituição não é crime, mas manter estabelecimento com exploração sexual é
Delegada Márcia dos Santos explica que a prostituição não é crime, mas manter estabelecimento com exploração sexual é

Um homem de 67 anos foi detido suspeito de manter uma casa de prostituição bem no Centro de Bauru. O flagrante ocorreu durante ação realizada pela Polícia Civil, por meio da Delegacia de Defesa da Mulher (DDM), no fim da tarde desta quarta-feira (4).

Na ocasião, além do acusado, estavam no endereço sete mulheres, de 19, 23, 25, 28, 37, 44 e 45 anos, e um homem, de 25 anos. Eles foram ouvidos, liberados e relacionados como testemunhas no inquérito policial.

Já o aposentado passou por audiência de custódia nesta quinta-feira (5) e responderá em liberdade pelo crime de manter, por conta própria ou de terceiro, estabelecimento em que ocorra exploração sexual. O delito consta no Código Penal e prevê reclusão de 2 a 5 anos, além de multa.

DENÚNCIA

A Polícia Civil chegou ao imóvel por meio de denúncia anônima, que indicava o local como ponto de prostituição e tráfico de drogas.

Em posse de um mandado de busca e apreensão, as equipes se dirigiram até lá nesta quarta-feira e foram recebidas pelo homem de 67 anos, que se identificou como responsável pela casa.

"Quando chegamos, uma das sete mulheres estava em um quarto, realizando um programa", conta a delegada titular da DDM, Márcia Regina dos Santos.

Na ocasião, outras mulheres também acabaram confirmando a prostituição no local, mas o acusado negou qualquer relação com as atividades.

"Ele disse que alugou o imóvel para montar um escritório, mas, em razão da pandemia, nada deu certo, e, para não ter que arcar sozinho com o prejuízo, resolveu sublocar os quartos para que as moças se instalassem. Ele afirma que receberia R$ 300,00 de cada uma pelo quarto duplo", cita a delegada.

QUANTIAS

As mulheres, contudo, confirmaram desembolsar quantias para o uso revezado dos espaços com programas sexuais.

"Era um local usado só para isso. Ninguém morava na casa, não havia pertences pessoais ou outras mobílias, apenas camas de casal e mesas de cabeceira com preservativos em cada um dos três quartos. Uma das mulheres contou que pagava a ele R$ 20,00 por cliente para uso dos cômodos, e outra R$ 30,00. Elas relataram também que, quando ultrapassavam cinco clientes, optavam por pagar a diária de R$ 100,00 do quarto ao acusado", pontua Márcia dos Santos. "A prostituição em si não é crime, mas manter estabelecimento e aferir vantagem e lucro com a exploração sexual é", diferencia.

A delegada complementa que as próprias mulheres eram responsáveis por agendar seus programas. Isso ocorria por meio de aplicativos, sem a participação do aposentado ou de terceiros. "Elas marcavam os encontros por apps e indicavam por lá o local e a hora que encontrariam o cliente", detalha.

Durante as buscas, nenhum produto ilícito foi encontrado com o aposentado ou no endereço.

Comentários

Comentários