IPCA: 0,59% em outubro

Por Reinaldo Cafeo | 13/11/2022 | Tempo de leitura: 4 min

Após três meses consecutivos de deflação, o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), inflação oficial do país, voltou a subir em outubro: 0,59%. Os dados são do IBGE. Lembrando que a inflação teve quedas de 0,68% em julho, 0,36% em agosto e 0,29% em setembro. Em 12 meses, o IPCA acumulou alta de 6,47% até outubro.

Alimentos voltam a subir
Dos 9 grupos de produtos e serviços pesquisados, 8 tiveram alta em outubro. Os segmentos de alimentação e bebidas e de transportes, que haviam recuado 0,51% em agosto e 1,98% em setembro, voltaram a subir no mês passado, o que ajudou a puxar o índice para cima. O grupo alimentos avançou 0,72% em outubro. Batata-inglesa com alta de 23,36%, tomate com alta de 17,63%, cebola com elevação de 9,31% e as frutas com alta de 3,56% foram os vilões. As principais quedas foram o leito longa vida (-6,32%) e óleo de soja (-2,85%). Demais grupos: saúde e cuidados pessoais +1,16%, transportes +0,58%, vestuário +1,22% e comunicação (-) 0,48%.

Banco Central atento
Na ata do Comitê de Política Monetária, Copom, ficou claro que o Banco Central permanecerá vigilante e se necessário elevará novamente a taxa de juros básica, que não sofreu majoração na última reunião do Comitê. Atualmente a taxa básica, Selic, está em 13,75% ao ano.

Inflação nos EUA cede
Finalmente a inflação nos Estados Unidos começou a ceder. A medição de 12 meses atingiu seu nível mais baixo desde janeiro de 2022, em 7,7%, sinal de que as medidas do Federal Reserve (Fed, o Banco Central americano) começa a surtir efeito. O IPC (ou CPI, na sigla em inglês) continua subindo, mas em menor intensidade, em outubro o índice ficou em 0,4%.

Menor pressão por juros
Com a inflação “mais comportada” é possível prever menor pressão para que o Fed aumente os juros em patamares mais elevados. As decisões do Banco Central americano têm elevado os juros entre 0,5 e 0,75 ponto percentual nas últimas reuniões. Tudo indica que os juros ainda subirão, mas em patamar menor, como por exemplo, 0,5 ponto ou até mesmo 0,25 ponto percentual. isso traria menos pressão na taxa de câmbio no Brasil devido a não saída do capital estrangeiro, que não se sentiria estimulado a migrar seus recursos para os Estados Unidos.

O que está ocorrendo com as criptomoedas?
O revés para o mundo das criptomoedas tem um motivo: o fiasco da FTX, uma plataforma de criptomoedas, que é dirigida por um dos gurus do mundo das criptos. É um sinal de alerta para um setor jovem. No começo do ano, a FTX valia US$ 32 bilhões. seus fundados, Sam Bankman-Fried, foi considerado salvador quando propôs, em junho, resgatar empresas como BlockFi e Voyager Digital, ou quando militou por uma regulamentação maior deste setor do mercado de divisas em Washington. Changpeng Zhao, presidente de outra plataforma, a Binance, afirmou que a FTX pediu sua ajuda devido a uma importante crise de liquidez, e assinou uma carta de intenções para comprar a plataforma. Isso trouxe queda expressiva nos ativos da Binance e queda no valor das criptomoedas. Binance desistiu da operação logo em seguida. Isso se deu depois de uma auditoria nas contas da FTX. O futuro da FTX é incerto e abalou este novo mercado. Serve de sinal de alerta e é preciso dar tempo ao tempo para que as coisas se ajustem.

Ministério da Economia: PIB crescerá entre 1,4% e 2,9% em 2023
O Ministério da Economia do Brasil projetou uma expansão do PIB em 2023 entre 1,4% e 2,9%, acima das previsões de mercado para o primeiro ano do governo Lula. O argumento é que o crescimento estrutural da economia é agora maior do que o verificado no passado recente. A Secretaria de Política Econômica do ministério afirmou em um relatório que a persistência de erros de previsão para o PIB brasileiro nos últimos três anos pode indicar uma mudança de tendência de crescimento, chamando a atenção para os efeitos positivos no curto prazo de uma taxa de investimento mais alta. A atual projeção oficial do governo aponta para um aumento de 2,5% do PIB no próximo ano, dado que foi usado na proposta orçamentária enviada ao Congresso, que é questionada por supostamente superestimar as receitas do governo. Em resumo: o olhar para o passado para projetar o futuro não leva em conta investimentos futuros, o que tem sido perseguido pelos gestores econômicos, incluindo novos marcos legais e abertura econômica do país. O mercado projeta crescimento de 0,7%.

Mude já, mude para melhor!
O cansaço do dia a dia não pode tirar sua motivação de fazer a diferença em tudo em que se propõe a realizar. Respire fundo, pense positivo e siga em frente com seus propósitos. Mude já, mude para melhor!

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do SAMPI

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