"Chega um momento em que o caldo entorna. E o caldo entornou no nosso momento", declarou o vice-presidente, Hamilton Mourão, ao negar responsabilidade do governo Bolsonaro sobre o aumento do desmatamento e das queimadas na Amazônia. Ele acompanha comitiva federal ao Amazonas, planejada com o intuito de mudar a imagem negativa do Brasil frente a governos estrangeiros, que cobram maior proteção à floresta e controle do desmatamento e das queimadas, que bateram recordes em 2020. A comitiva chegou ao Amazonas na última quarta (4), trazendo, além do vice-presidente, os ministros do Meio Ambiente, Ricardo Salles, do Gabinete de Segurança Institucional, Augusto Heleno, e da Defesa, Fernando Azevedo. Também embarcaram na viagem os chefes de missões diplomáticas da África do Sul, Peru, Espanha, Colômbia, Canadá, Suécia, Alemanha, Reino Unido, França e Portugal, além de representantes da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica e da União Europeia e jornalistas estrangeiros. O descontrole das queimadas e o avanço do desmatamento na Amazônia levou oito países a enviarem carta ao governo Bolsonaro, em setembro, ameaçando cortar importações de produtos brasileiros, caso o Brasil não adotasse medidas de combate à devastação da floresta. De acordo com dados do Inpe, de janeiro a 4 de novembro foram registrados 94.437 focos de queimada na Amazônia, 5% a mais do que os 89.176 focos identificados em todo o ano passado. Já os alertas de desmatamento cresceram 34,5% na Amazônia entre agosto de 2019 e julho de 2020, aponta o Inpe.
escolha sua cidade
Bauru

escolha outra cidade
