
A Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Andradina elucidou um caso de desaparecimento ocorrido no final de 2024. A.V.C., de 57 anos, havia deixado de manter contato com os familiares no fim de novembro do ano passado, mas o boletim de ocorrência sobre o seu desaparecimento só foi registrado em janeiro deste ano.
Com a instauração do Procedimento de Investigação de Desaparecimento, a equipe da DIG deu início a diligências que passaram a apontar para a possibilidade de que A.V.C. estivesse morto. Diante dos indícios, a autoridade policial solicitou — e obteve — autorização judicial para realizar uma busca domiciliar no último local de trabalho e residência da vítima, situado na zona rural de Andradina.
Durante a ação, realizada em conjunto com a Polícia Científica, foram encontrados vestígios de sangue na casa, sugerindo uma possível luta corporal. A descoberta reforçou a hipótese de homicídio e levou os investigadores a interrogar R.O.A., de 62 anos, então morador do local e última pessoa a ter contato com A.V.C.
Confrontado com os fatos, R.O.A. confessou ter matado o colega de trabalho. Segundo sua versão, teria agido em legítima defesa após ser atacado por A.V.C., que estaria sob efeito de drogas e portando uma faca. Para se defender, desferiu diversos golpes com um pedaço de madeira na cabeça da vítima.
R.O.A. afirmou ainda que, ao constatar a morte de A.V.C., decidiu ocultar o crime. Utilizando um carrinho de mão, levou o corpo até uma área de mata próxima, onde o incendiou com plásticos e lenha. Disse também que, nos dias seguintes, recolheu e dispersou os restos mortais pela fazenda até eliminar completamente os vestígios.
A confissão foi formalizada no plantão da Central de Polícia Judiciária de Andradina, onde R.O.A. foi ouvido novamente e manteve sua versão dos fatos. Como não havia situação de flagrante, o suspeito foi inicialmente liberado. No entanto, o delegado plantonista representou pela prisão temporária do acusado para o aprofundamento das investigações.
Na tarde da última sexta-feira, dia 18, investigadores da DIG cumpriram o mandado de prisão temporária, e R.O.A. foi detido, permanecendo agora à disposição da Justiça. O caso segue sob investigação no inquérito instaurado pela DIG de Andradina.
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