A Polícia Militar Rodoviária apreendeu 2,1 toneladas de drogas na região de Bauru somente em novembro deste ano. A quantidade de drogas apreendidas representa um crescimento de 158,91% em relação ao mesmo mês do ano passado, quando 845,39 quilos foram recolhidos.
De acordo com o 1º tenente Rodrigo Hydeo Sayki, o crescimento das apreensões está relacionado às políticas da Secretaria de Segurança Pública (SSP), pasta comandada pelo secretário Guilherme Derrite.
Na visão dele, as melhorias começam a mostrar o resultado. Rodrigo destaca os novos equipamentos, armamentos, tecnologias, as melhores condições de trabalho e as ações incisivas de combate ao crime organizado.
Outro destaque são os drones usados para patrulhar os entroncamentos de rodovias, além do programa Muralha Paulista. Criado em setembro deste ano, o sistema acessa imagens captadas em tempo real por câmeras espalhadas em lugares públicos e bases de dados com objetivo de controlar a mobilidade criminal no Estado de São Paulo, aumentando a probabilidade de prisão de criminosos.
"O crime é dinâmico e quem trabalha com segurança pública não pode ficar parado. Eles avançam nas técnicas dele para tentar ludibriar e nós caminhamos neste mesmo sentido, para manter a eficiência e impedi-los", diz.
O tenente acredita que houve um aumento na demanda por entorpecentes o que, consequentemente, provoca um aumento das vendas e do transporte.
Além das drogas, a polícia rodoviária tem combatido outras práticas criminosas, como o contrabando. O tenente mencionou um aumento na apreensão de cigarros eletrônicos e bebidas alcoólicas falsificadas, além de produtos como azeites adulterados. Uma das operações de maior destaque neste ano foi a apreensão de fuzis na região de Assis.
ROTA CAIPIRA
A posição geográfica da região de Bauru, localizada no Centro do estado, contribui para que seja usada como rota de distribuição de drogas, segundo Sayki. "Essa localização facilita o transporte para diversas partes do Estado e até para outras regiões do país", disse.
O aumento das apreensões também está relacionado ao fluxo crescente de entorpecentes, especialmente maconha, durante os períodos de safra nas áreas de produção.
APOIO
O tenente também relembrou o apoio que teve de outras corporações e ressaltou uso de cães farejadores do 13º Batalhão de Ações Especiais de Polícia (Baep). Operações conjuntas com a Receita Federal e outras forças, como Polícia Civil, também foram realizadas ao longo do ano.
A corporação também conta com o apoio da população para identificar mulas. Sayki diz que os cidadãos que tenham informações sobre entorpecentes podem registrar uma denúncia anônima por meio do 190.
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