Responsável por importantes transformações no cenário artístico municipal, Marcelo Peroni, que deixa o cargo de gestor da Cultura de Jundiaí em 2024, reflete sobre sua trajetória, os desafios enfrentados e os legados que deixou. Em uma entrevista exclusiva ao JJ, ele compartilha as conquistas marcantes, os projetos que permitiram acesso à cultura e suas expectativas para a próxima gestão.
Marcelo Peroni desempenhou a função de diretor do Departamento de Cultura e de gestor de Cultura. Integrou a Cia. Paulista de Artes, desde sua fundação em 1991 até 2016. Foi Presidente da Comissão Municipal de Teatro e do Conselho Municipal de Cultura de Jundiaí entre 2007 a 2012. Fez residência artística em teatro para crianças na Itália e participou de cursos, oficinas culturais e apresentações nos Estados Unidos, México, Portugal e Áustria. Em 2018 participou do espetáculo infantil “É tudo família”, vencedor dos Prêmios APCA e Prêmio São Paulo de Incentivo ao Teatro Infantil e Jovem. Graduado em Letras, formado pelo Teatro Escola Célia Helena e pós-graduado na ECA/USP com especialização em Cultura, trabalhou como ator, produtor e diretor de diversas montagens teatrais.
Mariana Checoni: Quais foram os maiores desafios enfrentados durante sua gestão na Cultura?
Marcelo Peroni: Eu entendo que o maior desafio enfrentado durante a gestão foi justamente nós passarmos pela pandemia de covid-19, porque foi um momento muito grave, em que nós tínhamos toda uma classe trabalhadora, que era classe artística, não só artistas, mas técnicos, que de uma hora para outra se viram totalmente dependentes da ajuda de políticas públicas, que pudessem de alguma maneira dar algum tipo de apoio durante o processo de ficar em casa. E eu acho que foi um momento muito difícil, no qual nós tivemos que olhar para cada artista de uma maneira muito especial, e eu fico muito feliz que a gente tenha conseguido durante essa fase - e dizemos isso com muito orgulho - ter mantido todos os nossos artistas que eram contratados dos corpos artísticos com os seus salários, sendo pagos, de modo que eles fizessem trabalhos remotos. Eram mais de 90 trabalhadores da cultura que mantiveram os seus empregos, isso foi uma coisa importante e também os editais que nós lançamos durante esse período, não só os editais com recursos emergenciais vindo das leis federais, mas nós, prefeitura, lançamos editais próprios para enfrentar esse desafio e poder ajudar os artistas a colocar seus trabalhos de maneira virtual, que era muito desconhecido de todos eles. Esse foi um grande desafio e que eu acho que, apesar de todas as dificuldades encontradas, conseguimos superar dando a oportunidade de trabalho com recursos que nós tiramos da secretaria, recursos próprios, e depois também com os recursos federais das leis emergenciais de cultura. Além disso, nós tivemos um olhar especial para as escolas de dança, para as escolas de artes, e nós, de uma maneira muito próxima a elas, para enfrentar esse desafio juntos, fomos conversando, fazendo reuniões virtuais para que o impacto fosse menor do que o que estava se prevendo para essa categoria.
MC: Qual projeto ou iniciativa cultural você considera seu maior legado para a cidade?
MP: Pensando em legado, eu penso que, primeiro, nós colocarmos a cultura como algo fundamental dentro de uma política pública na cidade. Acho que esse foi um status importante que nós conseguimos durante a gestão, fazer com que a cultura fosse entendida como uma das áreas que deveriam ser tidas como prioritárias. Isso foi uma conquista junto ao prefeito Luiz Fernando Machado e a equipe de colegas gestores, quando eu levei a proposta e expliquei que o nosso olhar para a cultura não era dos eventos, mas sim que a cultura passa pelos comportamentos e por todas as áreas. Acho que esse é um legado muito grande e eu acho que é fundamental a gente ver o legado que é o Espaço Expressa. Nós demos a esse lugar o Plano Diretor que garante que a Unidade de Gestão de Cultura e a Secretaria de Cultura tenham uma casa com condições adequadas para atender os seus artistas e o seu público. Esse era um desejo muito grande da categoria artística da nossa cidade, era uma luta da qual eu fiz parte enquanto artista, enquanto presidente do Conselho de Cultura e hoje, dizer que temos um Plano Diretor do Espaço Expressa, um plano que prevê que a cultura tenha uma casa condizente com a sua importância dentro do maior prédio histórico da cidade, com muitas salas de ensaio disponibilizadas e sendo usadas pelos artistas, isso nos enche de alegria. Quando nós chegamos em 2017, a Unidade de Gestão de Cultura ocupava de maneira muito tímida um espaço em cima de um banco no Centro da cidade e ela possuía apenas uma pequena sala de ensaio. A gente sai da gestão entregando um grande espaço com várias salas de ensaio disponibilizadas gratuitamente para a população, sala de reuniões, uma sala de cinema, uma sala para apresentações alternativas, tudo isso dentro da sede da Secretaria de Cultura, com um olhar para a sustentabilidade, que foi o bosque dos artistas, com projetos prontos pensando na cultura como centro da transformação da sociedade e da cidade, que são os projetos de revitalização do Espaço Expressa. Então acho que esse é um grande legado que está como lei e que era uma grande demanda da categoria artística.
MC: Como você enxerga o impacto das políticas culturais implementadas na sua gestão na vida dos artistas locais?
MP: Eu vejo que as ações que nós desenvolvemos foram fundamentais para solidificar a importância do artista e do artista local na vida da cidade e para demonstrarmos o quanto essa categoria é importante para o desenvolvimento da economia local. Quando a gente pensa na economia da cultura, no que a cultura movimenta, eu vejo que esse foi um impacto muito grande. Nós fizemos uma coisa que foi fundamental no meu entendimento para a consolidação de uma política pública de cultura que impacta na vida do artista, que é pegar um orçamento que tinha grande parte dele voltada para pagamento de estruturas para festas de bairros, para festas de igrejas, que tem a sua importância, mas que não são responsabilidade da cultura. Investimento que era na casa dos milhões feitos para atender demandas de eventos e de festas e transformar esse investimento na contratação do artista local, na contratação dos projetos dos nossos artistas. Então eu acho que isso impacta muito porque faz com que o nosso artista tenha uma empregabilidade dentro da nossa cidade e não é um grupo ou um artista em especial. Nós buscamos através dos editais, e isso se consolidou na nossa gestão. A importância dos editais públicos, a importância de que os artistas se inscrevam em seus projetos para que possam ser selecionados, para que recebam pelo seu trabalho. Acho que essa é uma grande questão, é o entendimento de que o artista é um trabalhador que impacta de forma positiva o mercado de trabalho. Nós buscamos implementar políticas, transformar projetos em programas que impactam não só na vida do cidadão que acompanha a cultura da cidade, mas o artista local. Nós, na última Festa da Uva, colocamos mais de 900 artistas locais se apresentando. A Fábrica das Infâncias Japy teve, ao longo dos seus anos de existência, desde sua inauguração em dezembro de 2021 até agora, centenas de artistas locais contratados para se apresentarem todos os finais de semana e feriados. Nós fizemos projetos e programas com a Unidade de Gestão de Educação, como é o ‘Voa pé’, por exemplo, em que todo início de aula nós contratamos mais de 200 artistas da nossa cidade para se apresentarem para as nossas crianças. Isso, eu entendo, que tenha tido um impacto importante, repito, na economia da cultura, o que impacta na economia da cidade, o que transforma esse artista num trabalhador que contribui para o desenvolvimento da cidade.
MC: Quais ações foram realizadas para democratizar o acesso à cultura em Jundiaí?
MP: Foram feitas inúmeras ações para a democratização do acesso à cultura. Então, vamos começar pensando. Quando a gente estrutura a base, e essa foi a nossa grande preocupação, como é que nós deixamos um alicerce mais sólido para uma política pública de cultura ser mais efetiva? Isso é uma política de Estado, e essa foi uma preocupação que a gente teve. Como que nós fazemos com que os nossos espaços culturais tenham condições de ser mais acessados pela população? Quando a gente chega num número de 2018 a 2024, de mais de 2 milhões e 800 mil pessoas que acessaram as nossas ações culturais na cidade, eu entendo que a gente tenha alcançado nosso objetivo, que é democratizar, porque a gente viu frequentando os nossos espaços, crianças das escolas públicas municipais. Nós levamos a cultura através dos corpos artísticos, nas nossas escolas, então levamos a cultura fora dos espaços convencionais. Através da Pracinha da Cultura, conhecida como Céu das Artes, nós conseguimos chegar em 2024 no número de 2 mil usuários impactados diretamente com as oficinas culturais. Duas mil pessoas que eram atendidas todos os meses com frequência e que acessavam a cultura em uma região mais periférica da cidade, quando nós transformamos os nossos festivais, colocamos mostras paralelas acontecendo de forma descentralizada, isso também foi uma forma de democratizar o acesso à cultura. E quando a gente pega um exemplo específico, a nossa Pinacoteca, que até 2016 tinha uma média de 1,6 mil visitantes por ano e a gente chega num aumento de 700% do número de visitantes, pois entre 2022 e 2025 chegamos a uma média de 12 mil visitantes, a gente entende que houve uma democratização de acesso. A exposição do Holocausto, que nós realizamos no Museu Histórico e Cultural, recebeu 180 mil visitantes, de forma gratuita, das escolas da rede pública, professores e visitantes espontâneos que vieram de muitos lugares da nossa cidade e que tiveram as suas vidas impactadas, que foram provocados a refletir sobre a nossa sociedade a partir de uma exposição cultural. Eu entendo que tudo isso dá números suficientes para consolidar a política cultural que as nossas ações democratizaram o acesso.
MC: Houve algo que você gostaria de ter feito, mas não conseguiu implementar durante sua gestão?
MP: Sim, há muitas coisas que, no decorrer do processo, infelizmente a gente não consegue consolidar. São ideias, são propostas que a gente não conseguiu implementar durante a gestão. Então, por exemplo, nós trabalhamos em toda a negociação para que o Gabinete de Leitura Rui Barbosa pudesse integrar os nossos espaços culturais e que lá a gente transferisse o nosso arquivo histórico. A gente não conseguiu consolidar por inúmeras questões, inclusive questões externas à prefeitura no que diz respeito à propriedade do imóvel e ao encerramento das atividades do gabinete. Outra coisa importante é o Espaço Expressa. Eu entendo que ele é uma proposta, uma política de Estado implementada por nós durante a gestão, mas que vai ser, na minha opinião, deveria ser continuada para que a gente chegasse na plenitude daquilo que foi programado. Nós aprovamos, fizemos o projeto de requalificação de toda a área frontal, onde foram derrubados os muros. Nós temos o projeto pronto, com área para as crianças, com passeio público diferenciado, com espaço para os artistas, o recurso está previsto através dos empreendimentos da CAF, mas infelizmente nós não conseguimos ainda consolidar e começar essas obras. Então existem sim projetos que infelizmente não aconteceram ainda, o Plano Municipal de Cultura que foi uma luta muito grande, uma discussão muito grande, inúmeras reuniões, escuta qualificada dos artistas, o plano de cultura está na sua frente. Sua última etapa já passou pelo jurídico, já passou pela audiência pública e nós deixamos encaminhado para que vá para votação na Câmara Municipal para que a gente finalmente tenha um plano de cultura para os próximos 10 anos, mas infelizmente ele ainda não está validado como lei.
MC: Como foi o diálogo com a comunidade artística e cultural de Jundiaí ao longo do seu mandato?
MP: Eu acho que em um diálogo com o artista, a gente não consegue agradar a todos, mas eu entendo que houve diálogo, houve um respeito ao Conselho Municipal de Políticas Culturais, e nem poderia ser diferente, porque eu sou fruto também desse conselho, eu fui presidente do Conselho de Cultura da Cidade. Eu acho que houve um diálogo, houve uma construção coletiva, mas sempre há uma ideia de que nem tudo o que eu desejo que acontecesse, no caso do artista, acontece, eu tenho a impressão de que eu fui pouco ouvido. Esse processo não é um processo simples de escuta, mas eu sinto muito orgulho de dizer que o Conselho Municipal de Política Cultural foi reformulado, ouvindo os artistas, o processo do Plano Municipal de Cultura passou. Passou pelos artistas, a gente passou inúmeros editais pela validação desses artistas. Agora, tudo isso é uma escuta pensando no coletivo e nem sempre a gente está preparado para pensar no coletivo, mas eu entendo que o artista foi valorizado, foi escutado e se não foi possível fazer tudo que o artista desejou nesse período, eu me desculpo e digo que tudo que nós fizemos foi com a melhor das intenções, dentro de um conceito de uma política cultural que nós acreditamos e que nós acreditamos também que seja uma política cultural efetiva que transforme a sociedade.
MC: Que conselhos ou orientações você daria ao próximo gestor cultural que assumirá o cargo?
MP: Diria que ele precisa de muita sabedoria e paciência para seguir nessa proposta. Eu desejo muita sorte à Clarina. Clarina é uma artista da nossa cidade, foi servidora da Unidade de Gestão de Cultura e eu me coloquei à disposição dela para o que ela precisasse de informações, porque eu como artista agora falando e não como gestor, desejo que eles consigam dar continuidade a tudo aquilo que eles acreditam que seja importante de dar continuidade e que eles consigam fazer uma gestão muito boa fazendo com que a cultura cresça na nossa cidade. O que eu gostaria muito é que aqueles projetos que, ao meu ver, são alicerces para a cultura da nossa cidade pudessem ser avaliados, melhorados e que continuassem sendo aplicados.
MC: De que forma você acredita que a cultura pode continuar contribuindo para o desenvolvimento social e econômico da cidade?
MP: Eu entendo e busquei ao longo desses anos colocar a cultura como uma ferramenta fundamental de desenvolvimento da cidade. Nós vamos melhorar a qualidade da nossa cidade em termos de segurança pública, em termos de redução de desigualdades se a gente incluir mais a cultura nessas discussões. Eu acredito que ela possa continuar contribuindo e para isso a gente precisa cada vez mais ampliar o número de acesso das pessoas à cultura com atividades continuadas, com atividades que tenham um conceito de que tipo de oferta cultural nós estamos dando às pessoas. Os corpos artísticos são peças fundamentais na minha opinião para a gente continuar contribuindo para o desenvolvimento social e econômico. Quando a gente tem um grande número de artistas da nossa cidade empregados, recebendo os seus salários, quando a gente tem editais públicos de cultura que façam a contratação dos nossos artistas a gente está contribuindo para economia da nossa cidade. Quando eu faço uma grande contratação de artistas para a Festa da Uva ou para se apresentarem nos equipamentos de cultura, eu entendo que nós estamos contribuindo com a economia da nossa cidade porque esse artista é daqui. É fundamental que a gente mantenha a contratação, a empregabilidade desses artistas e que a gente faça a produção desses artistas chegar às pessoas.
MC: Há algum plano ou projeto em andamento que você considera essencial que seja continuado pelo próximo gestor?
MP: Eu entendo que os corpos artísticos municipais são muito importantes. A Cia Jovem de Dança, a Cia de Teatro, a OSMJ, os Corais, quando a gente um volume de recursos aplicado nesses corpos artísticos que resultaram nos últimos anos em mais de 800 apresentações que impactam 190 mil pessoas, isso é um dado que precisa ser considerado, pois isso significa que a produção artística local, uma produção de qualidade, que seja reflexiva, que abra a possibilidade para o desenvolvimento intelectual do nosso público, eu entendo que isso deve ser uma atividade importante e na minha opinião, continuada pela próxima gestão, ainda que sofra adaptações, mas que ela seja continuada. A Fábrica das Infâncias, um espaço que inauguramos em dezembro de 2021 e tem um público enorme, é fundamental que esse espaço seja preservado, que a cultura voltada para as infâncias seja continuada porque nós entendemos que a cultura deve ser oferecida desde o bebê até todas as outras idades. Outra coisa que eu desejo muito é que os espaços culturais permaneçam abertos aos finais de semana para que o visitante consiga acessar. Nós fizemos um grande esforço para que todos os espaços, os museus, a Fábrica das Infâncias, a própria Pinacoteca, o Espaço Expressa, Centro das Artes, tivessem horários estendidos. Não adianta nós termos equipamentos culturais fechados no momento em que o cidadão está livre para usar a cidade. Então eu desejo muito que os equipamentos culturais mantenham os seus horários de funcionamento estendidos.
MC: Como você avalia a gestão, de maneira geral, durante esses anos?
MP: Nós avançamos muito, conseguimos colocar a cultura no lugar de política essencial para nossa cidade. Quando eu vejo cada vez mais as pessoas requisitando cultura, eu entendo que isso é fruto do trabalho que a gente realizou, de um trabalho sério de implementação de política cultural para todas as áreas. É lógico que há coisas ainda que estão por fazer, há coisas que precisam ser feitas, mas eu entendo que nós começamos um processo de uma maneira muito séria, muito comprometida com uma política cultural que deve ser continuada. Quando a gente retoma os festivais que acontecem na cidade, como é o caso do Enredança que ficou vários anos sem acontecer, quando a gente tem uma bailarina como Ana Botafogo apadrinhando o nosso festival, quando a gente tem na última edição 1100 bailarinos inscritos, 550 coreografias em grupos diferentes, isso demonstra que foi uma política cultural que se consolidou. A mesma coisa com o nosso Festival de Teatro, que nós reformulamos e abrimos para que grupos amadores pudessem competir. Na última edição, de 2024, foram 200 trabalhos inscritos e 41 espetáculos se apresentando, 14 profissionais e 26 amadores, isso demonstra que essa política cultural deu certo. O Festival de Música de Jundiaí que veio num novo formato e já se consolidou de novo com um júri de qualidade que entende que a música deve estar sendo apresentada nas suas diferentes linguagens, que tem um João Marcelo Bôscoli, um músculo, produtor musical de reconhecido talento e competência no mercado de trabalho, isso faz com que a gente entenda que houve a consolidação dessa política pública.
Fora isso, pensando em outras áreas, cinco edições da FLIJ, quatro edições do Festival de Curta-Metragens, as oito edições do Festival de Teatro, são inúmeras ações que demonstram para a gente a partir do público que a gente recebe, que foram ações que valeram a pena. Os prêmios APCA, participações no exterior, uma indicação ao Prêmio Governador do Estado, a indicação ao Prêmio Governador do Estado pela recuperação do Centro das Artes, a transformação do espaço pela primeira vez na história em um espaço que realmente atenda só as artes, tudo isso eu entendo que é a coroação de um trabalho que envolveu uma equipe comprometida com uma proposta que era fazer com que a cultura fosse de fato uma política pública respeitada e requisitada pela população que as pessoas se apropriem de tudo isso. Quando eu vejo o número de público que nós atendemos, quando eu vejo esses espaços lotados, eu entendo que deu certo. Quando a gente pode dizer que fez algo pela população negra e reconhecemos a importância da população negra na cultura, isso é fundamental e foi um processo ao longo dos anos com a Rota Afro e a retomada do concurso Miss Pérola Negra, que estava parado há muito tempo, e a gente ouve da população negra da cidade ‘que bom que nós estamos podendo ocupar os espaços culturais’, entendemos que deu certo porque valida o trabalho que foi feito ao longo desses anos.
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Comentários
1 Comentários
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Alessandra Camargo 29/12/2024Eu acho e gostaria muito que Marcelo Peroni continuasse como gestor da Cultura de Jundiaí. É um excelente profissional e com um olhar diferenciado na área de muito conhecimento que é a cultura, muito necessária na vida de todos os munícipes.