A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) encerrou as investigações sobre a morte de um homem de 69 anos, ocorrida em 23 de agosto deste ano, após receber quatro doses de quimioterapia de uma vez. Um enfermeiro e uma médica foram acusados de homicídio com dolo eventual.
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O caso aconteceu em um hospital de Belo Horizonte, onde a vítima estava internada para tratar um câncer.
Superdosagem
Conforme as investigações, a vítima começou o tratamento em março de 2024, em um hospital na região Oeste da capital. No dia 19 de agosto, o enfermeiro administrou uma dose significativamente maior do que a prescrita, resultando em uma overdose grave e complicações fatais.
Foram aplicadas quatro injeções, totalizando 8,78 mg do medicamento, enquanto a prescrição indicava apenas 2,29 mg. O profissional ignorou as identificações individuais das seringas, que estavam destinadas a outros pacientes.
A vítima apresentou um mal-estar e foi atendida em duas ocasiões consecutivas. No entanto, a condição clínica se agravou, levando à internação e necessitando de ventilação mecânica. A vítima não resistiu e faleceu quatro dias depois.
Investigação
De acordo com a 2ª Delegacia de Polícia Civil Sul, o enfermeiro comunicou o erro à enfermeira-chefe, mas não registrou o incidente no prontuário médico, impedindo a adoção de medidas corretivas pelos médicos plantonistas.
Além disso, a médica responsável pelo tratamento foi informada sobre a situação, mas não tomou medidas para reverter o quadro grave do paciente. Essa omissão contribuiu para o agravamento do estado de saúde da vítima.
Após ouvir testemunhas, analisar prontuários médicos, realizar sindicâncias internas e laudos periciais, a PCMG concluiu que o enfermeiro e a médica agiram com dolo eventual. Ambos assumiram o risco de causar a morte ao optar por não agir, mesmo tendo condições de tentar evitar a morte do paciente.
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Comentários
1 Comentários
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Belchior De Melo Santos 17 horas atrásTem de serem presos,pois isso para mim é assassinato!