A Santa Casa de Piracicaba completa 170 anos. Por isso, o JP publica uma série de matérias contando a história do hospital.
Por iniciativa do então provedor Oscarlino Dias, em 1915, as irmãs dominicanas portuguesas, que atuavam no Hospital desde 1911, foram substituídas pelas irmãs franciscanas, brasileiras. Elas deveriam atuar em número mínimo de seis e poderiam ser substituídas a qualquer momento pela madre superiora. Quando enfermas, entretanto, elas seriam tratadas gratuitamente no próprio Hospital, onde tinham também um dormitório especial e duas saletas para suas refeições e trabalhos de costura.
Além da residência, sustento, luz e roupa lavada, cada irmã recebia uma gratificação mensal, entregue à superiora, que detinha também a prerrogativa de demitir e nomear os empregados, bem como supervisionar os serviços das enfermarias, banheiros, cozinha, lavanderia e as atividades relacionadas aos serviços econômico-administrativos e ao cumprimento do Regimento Interno do Hospital.
Elas também cuidavam da organização dos compromissos religiosos, como missas, retiros espirituais, trabalhos de catequese, visitas canônicas e conferências, realizadas pelos freis; além de ensinar o catecismo aos doentes. Havia também uma preocupação com o preparo espiritual das irmãs ea Santa Casa se comprometeu em manter uma Capela no Hospital.
Em 1962, a Irmandade inauguraria também a nova Clausura, com nove quartos, sala de estar e sanitários individuais, resolvendo o problema de moradia das irmãs franciscanas que trabalhavam no Hospital. Foi quando elas passaram a se atualizar, através de cursos de especialização em Enfermagem e em Pedagogia na Universidade Católica de Campinas e em Sorocaba, no curso ministrado junto ao Hospital da cidade.
A partir do início da década de 70, foi gradativa a redução do número e função das irmãs dentro da Instituição. Depois de assumirem a responsabilidade pela administração geral do Hospital a partir de 1915, cuidando sobretudo das enfermarias, as irmãs acabaram compartilhando espaço com profissionais especializados em administração Hospitalar e enfermeiras graduadas, já que, no início, apenas a madre superiora tinha o Curso de Enfermagem.
Em janeiro de 1972, depois de estudar um organograma administrativo para o Hospital, a Mesa Administrativa reuniu-se com as 14 freiras da Irmandade para discutir a admissão de um administrador e divisão dos setores burocráticos. Em junho de 1983, as irmãs passaram a ocupar as dependências do imóvel de propriedade dos padres capuchinhos, cedido temporariamente à Congregação até 23 junho 1991, quando foram concedidas as bênçãos à residência definitiva das irmãs, na avenida Independência, 878.
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