DE VOLTA

Lula chega ao Alvorada, após semana internado em SP

Por Marianna Holanda | da Folhapress
| Tempo de leitura: 2 min
Reprodução/Paulo Pinto/Agência Brasil
O chefe do Executivo realizou pela manhã exames no hospital Sírio Libanês, e os médicos autorizaram seu retorno à capital.
O chefe do Executivo realizou pela manhã exames no hospital Sírio Libanês, e os médicos autorizaram seu retorno à capital.

O presidente Lula (PT) chegou a Brasília, nesta quinta-feira (19), e foi direto de helicóptero para o Palácio da Alvorada, de onde despachará nesta tarde.

Leia também: Lula passa por exames e deve voltar hoje à Brasília

O chefe do Executivo realizou pela manhã exames no hospital Sírio Libanês, e os médicos autorizaram seu retorno à capital. Lula está impedido apenas de viajar e fazer exercícios físicos.

Lula estava em São Paulo há mais de uma semana, quando teve uma hemorragia na cabeça, decorrente de queda no banheiro em outubro.

O presidente não tem agenda oficial neste tarde. A volta de Lula à capital ocorre justamente no momento delicado que o governo passa neste fim de ano.

O dólar apresenta forte queda nesta quinta-feira (19) após dois leilões realizados pelo BC (Banco Central). A autoridade monetária vendeu mais US$ 8 bilhões para o mercado na modalidade à vista, ou seja, sem compromisso de recompra.

O mercado, em paralelo, segue atento à tramitação do pacote fiscal do governo no Congresso Nacional e, no exterior, repercute o corte de juros do Fed (Federal Reserve, o banco central dos EUA) da véspera.

Antes das operações, nos últimos dias, a moeda americana bateu sucessivos recordes, chegando a US$ 6,30.

Os leilões são intervenções do BC no câmbio. Na prática, eles servem para aumentar a quantidade de dólares disponíveis para os investidores, seguindo a lei da oferta e demanda. Ou seja, quanto mais moeda puder ser comprada, menor vai ser a cotação dela.

O movimento acontece em meio à tramitação do pacote de corte de gastos do ministro Fernando Haddad (Fazenda) no Congresso Nacional. A Câmara dos Deputados aprovou a primeira fatia do projeto na terça, mas, na quarta, desidratou algumas medidas.

A Casa decidiu dar aval ao bloqueio de apenas parte das emendas parlamentares para cumprir os limites do arcabouço fiscal. A emenda, apresentada de última hora pelo líder do governo na Câmara, deputado José Guimarães (PT-CE), prevê que o bloqueio de até 15% das emendas valerá apenas para as verbas não impositivas.

As outras duas partes do pacote tiveram a votação adiada para esta quinta. O ajuste fiscal proposto por Haddad ainda inclui uma PEC (proposta de emenda à Constituição) que mexe no critério de concessão do abono salarial (espécie de 14º salário pago a parte dos trabalhadores com carteira assinada) e busca extinguir de vez com os supersalários na administração pública.

O plenário da Câmara chegou a iniciar a votação da PEC na quarta, mas precisou suspender os trabalhos diante de derrota para o governo. No fim da noite, um requerimento prévio à apreciação do mérito da proposta teve apoio de apenas 294 deputados no plenário, o suficiente para aprová-lo, mas um número abaixo dos 308 requeridos para uma mudança constitucional.

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