TAÇA NA MÃO

Beach Tennis: piracicabana é campeã mundial com a Itália

Por Erivan Monteiro  | erivan.monteiro@jpjornal.com.br
| Tempo de leitura: 3 min
Fotos – Divulgação 
 Isabela Vieira sagrou-se campeã com a equipe italiana em São Paulo
Isabela Vieira sagrou-se campeã com a equipe italiana em São Paulo

A piracicabana Isabela Vieira sagrou-se campeã da Copa do Mundo de Beach Tennis com a seleção italiana. Mas não foi dentro da quadra e sim como fisioterapeuta da equipe europeia. Na final, a Itália bateu a Espanha e ficou com o caneco no masculino e no feminino.

A competição aconteceu em São Paulo, entre os dias 9 e 15 de dezembro. A Copa do Mundo teve a participação de 16 países: Argentina, Aruba, Brasil, Chile, Estônia, França, Alemanha, Itália, Japão, Polônia, Portugal, Porto Rico, Espanha, Tailândia, EUA e Venezuela.

Isabela foi “convocada” pois já era fisioterapeuta do italiano Michelle Cappelletti, atual terceiro melhor jogador do Mundo. “Ele apontou a necessidade de desenvolver um trabalho de recuperação com todos os atletas durante a competição e me fez o convite para trabalhar durante a Copa do Mundo”, explicou.

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Para Isabela, “foi incrível poder estar com a melhor seleção do mundo em um evento dessa dimensão”. “Muito importante difundir nossa área nesse esporte que está em ascensão. Trabalho muito para isso”, comentou.

“Quando tinha 20 anos fui convocada para a seleção brasileira de futebol como atleta e depois disso me despertou o interesse por competições internacionais. Dessa vez, como fisioterapeuta, pude vivenciar novamente esse tipo de experiência.”

A Copa do Mundo acontece uma vez por ano e a meta da profissional piracicabana é continuar o bom trabalho feito na “Azzurra”. “Essa já é minha segunda oportunidade. Espero continuar ajudando essa grande potência mundial nos próximos anos”, comentou.

A ROTINA
Durante o torneio, a fisioterapeuta ficava atenta a tudo o que o atleta precisasse em sua área de atuação, a fim de o elenco conseguir alcançar sua melhor performance. A rotina da piracicabana era acompanhar os atletas nos jogos e, após isso, realizar a recuperação deles.

“Minha tarefa era montar toda a estrutura de fisioterapia na área disponibilizada pelo hotel, aguardar a chegada deles e atender em média 5 atletas por dia. A recuperação contava com terapia manual, banheira de gelo e botas pneumáticas. Depois do tratamento desmontávamos tudo e íamos descansar. No outro dia, era a mesma rotina”, explicou.

Para Isabela, o maior desafio era, em tão pouco tempo, resolver algumas dores e disfunções que eles adquiriram durante toda a temporada, que foi muito extensa. Esses problemas, segundo ela, causam dores importantes que atrapalham a performance. “O grande segredo está na reabilitação rápida e não somente na recuperação pós-jogo para que eles jogassem no seu máximo.”

“Tivemos sucesso nas condutas e na performance da equipe. Mesmo no final da temporada, os atletas conseguiram jogar em altíssima performance e ganhar o sétimo título mundial sem perder nenhum jogo”, complementou.

A CAMPANHA
Neste domingo (15), a Itália conquistou o título da Copa do Mundo ao bater a Espanha. Giulia Gasparri e Ninny Valentini triunfaram na categoria feminina, enquanto Mattia Spoto e Michele Cappelletti venceram no masculino.

Na fase de grupos, a Itália enfrentou Chile, Aruba e Portugal, finalizando na liderança e com 100% de aproveitamento. Nas eliminatórias, os italianos passaram pelo Japão nas quartas de final e pela Venezuela na semi.

Em sua primeira decisão de Mundial, a Espanha ficou com o vice-campeonato. A Itália, por sua vez, conquistou seu sétimo título, o terceiro seguido, ficando como líder isolada entre os maiores vencedores.

Na disputa pelo terceiro lugar, o Brasil bateu a Venezuela por 2 sets a 0. No feminino, Vitoria Marchezini e Sophia Chow venceram por parciais de 6 x 0 e 6 x 1. Já no masculino, André Baran e Daniel Mola cravaram 6 x 2 e 6 x 4.

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