CRIME ORGANIZADO

'Tropa de elite' do PCC tem salário fixo, casa e carro pagos

Por Guilhermo Codazzi | São José dos Campos
| Tempo de leitura: 2 min
Editor-chefe de OVALE
Imagem ilustrativa

A hierarquia do crime.
Operando como uma empresa transnacional, que faz do tráfico de drogas o seu core business, o PCC (Primeiro Comando da Capital) tem a sua equipe de 'executivos', subordinados somente ao patamar mais alto da hierarquia da facção criminosa mais temida do Brasil, criada no Vale do Paraíba, em 1993.

É a chamada 'Sintonia dos 14', departamento que responde diretamente à 'Sintonia Final', aquela que dá a palavra decisiva e corresponde à cúpula da mais temida organização criminosa do país. É a elite do PCC.

Clique aqui para fazer parte da comunidade de OVALE no WhatsApp e receber notícias em primeira mão. E clique aqui para participar também do canal de OVALE no WhatsApp. 

Os 'irmãos' da 'Sintonia dos 14' têm regalias, por exemplo, recebendo uma remuneração fixa, moradia e veículo, além de ser poupado de determinadas obrigações inerentes aos membros do 'Partido', como o pagamento da mensalidade, o chamado 'caixote' ou 'cebola', ou as rifas e o 'progresso'.

Anteriormente, a 'tropa de elite' era chamada de 'Quadro dos 36', porém teve o seu tamanho reduzido para 14 durante reestruturação realizada pelo PCC.

"Essa Sintonia é composta por grupelho de elite da organização criminosa, formado por pouquíssimos integrantes com elevado poder decisório dentro da hierarquia marginal, ligado diretamente à cúpula da facção custodiada na P-2 de Presidente Venceslau", diz investigação do Ministério Público.

Além de reunir dados sobre o exército da facção, a 'Sintonia' é ainda responsável por tomar decisões junto à cúpula e ainda decisões de caráter disciplinar em relação aos 'irmãos', cuidar das finanças, com contas bancárias de terceiros para lavar o dinheiro do crime. O grupo se assemelha, segundo o MP, com a 'inteligência do PCC'.

RESTRITO.

Com a reestruturação interna, a organização dividiu em duas partes as atuações da 'Sintonia dos 14'. Uma delas, por exemplo, é responsável por investigar agentes públicos que estão na lista fatal dos bandidos.

"A 'Sintonia dos 14' foi reorganizada, com a criação de uma célula para tratar de assuntos restritos, no caso a 'Sintonia Restrita' responsável pelos assuntos extremamente sigilosos e de relevância para a cúpula, tal qual o levantamento de informações de agentes públicos e ex-integrantes que serão executados pelo partido", diz outro trecho de relatório do MP.

Fale com o Folha da Região!
Tem alguma sugestão de pauta ou quer apontar uma correção?
Clique aqui e fale com nossos repórteres.

Comentários

1 Comentários

  • RICHARD VOLPATO 10/12/2024
    A máfia russa comecou assim, antes fazia parte de um governo e depois tornou-se célula do estado. O ESTADO É UM CORPO MÍSTICO E O GOVERNO É UM CORPO PERECÍVEL