A Polícia Federal, em ação conjunta com a Controladoria-Geral da União (CGU), deflagrou nesta terça-feira (3) a Operação Quarto Elemento para investigar o desvio de recursos públicos destinados à saúde em São João da Boa Vista, interior de São Paulo. A ação apura irregularidades em um convênio firmado em 2022 entre a Prefeitura e uma organização social contratada para gerir unidades de saúde.
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Mais de 70 servidores, entre policiais e auditores da CGU, cumpriram 13 mandados de busca e apreensão em cidades como São Paulo, Sorocaba, Barretos e Mogi das Cruzes. O Tribunal Regional Federal da 3ª Região também determinou o bloqueio de bens e valores no montante de R$ 20 milhões, além da prisão temporária do principal investigado, que reside em Portugal.
Segundo a investigação, a organização social teria desviado parte dos R$ 50 milhões recebidos, sendo R$ 14 milhões de recursos federais, por meio de subcontratações fraudulentas. Também foram detectadas transferências de altos valores para contas de familiares e associados ao principal suspeito, além da aquisição de veículos de luxo e imóveis de alto padrão.
Os envolvidos poderão responder por crimes como organização criminosa, peculato e lavagem de dinheiro, com penas que podem ultrapassar 35 anos de prisão. O nome da operação faz alusão à prática de "quarteirização", em que empresas terceirizadas subcontratam outras para executar os serviços previstos nos contratos.
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