A Justiça de São José dos Campos tornou réus 11 pessoas denunciadas pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), no âmbito da Operação Armageddon. A decisão é desta quinta-feira (28).
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O grupo foi denunciado pela prática de organização criminosa, lavagem de dinheiro, extorsão e financiamento ao tráfico de drogas.
A operação é resultado de investigação conjunta entre o Gaeco e a Polícia Civil, por meio do Seccold (Setor de Combate ao Crime Organizado, Corrupção e Lavagem de Dinheiro) do Deic (Departamento Estadual de Investigações Criminais).
A investigação apontava para indícios de que o patrimônio da organização criminosa, constituído por diversos imóveis, empresas e veículos de luxo, muitos deles registrados em nome de laranjas, seria incompatível com os rendimentos lícitos de seus integrantes, indicando a prática de branqueamento de capitais.
Com o avanço das investigações, apurou-se que a organização integrada por diversos criminosos da região, alguns ligados à facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital), além de promoverem a lavagem de dinheiro, obtinham elevados ganhos financeiros com empréstimos a juros abusivos e praticavam extorsões visando à cobrança de devedores inadimplentes.
Os envolvidos tomavam todo o patrimônio das vítimas. As investigações demonstraram também que o grupo criminoso identificado financiava atividades de grandes traficantes de drogas da região do Vale do Paraíba.
Em uma ação coordenada em 19 de novembro, a Polícia Civil e o Ministério Público, com apoio da Polícia Militar, deflagraram operação para cumprimento de 21 mandados de busca e apreensão e mandados de prisão temporária, que resultaram na prisão de cinco indivíduos, além da apreensão de armas de fogo, valores em espécie, joias e veículos de luxo ligados diretamente a membros de organização criminosa com atuação na região do Vale.
As investigações conjuntas, que monitoraram a atuação dos alvos por mais de três anos, culminaram na constrição patrimonial de valores e bens avaliados em mais de R$ 50 milhões. A Justiça havia decretado a prisão preventiva contra cinco pessoas. O trabalho prossegue para esclarecer ainda mais como ocorriam as práticas de lavagem de dinheiro, bem como a participação de outras pessoas ainda não identificadas.
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