A Justiça de primeiro grau condenou 11 réus em duas ações da Operação Khalifa, deflagrada em abril e maio de 2024. As penas, somadas, ultrapassam 220 anos de reclusão.
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Segundo consta da primeira denúncia oferecida pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), do Ministério Público, os réus estruturaram uma organização criminosa voltada à prática de agiotagem. Os juros chegavam a 300%. Em caso de inadimplência, havia multas e taxas diárias.
O grupo realizava empréstimos para as vítimas, geralmente comerciantes, com juros elevados. Caso não houvesse pagamento, as vítimas eram gravemente ameaçadas, com algumas delas sendo submetidas ao "Tribunal do Crime" do PCC (Primeiro Comando da Capital).
Na segunda ação penal, os réus foram acusados de integrar o PCC, incluindo dois advogados que aderiram aos delitos da facção criminosa. Além do crime de organização criminosa, os réus receberam condenação por extorsão qualificada e usura.
Entenda o caso.
A ação do grupo começou em meados de 2020, segundo o Ministério Público. Só no ano passado, foi movimentado R$ 20 milhões em empréstimos, “demonstrando que era uma organização criminosa extremamente rentável”, segundo os promotores.
De acordo com as investigações, após viabilizar os empréstimos, o bando usava de extorsão, roubos e até sequestros para intimidar os devedores e receber os valores financiados.
Em 7 de maio de 2024, a Polícia Militar, por meio do Comando de Choque, deflagrou operação conjunta com o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) para cumprir os 11 mandados de prisão expedidos pela Justiça Paulista.
São José dos Campos foi um dos alvos da Operação Khalifa, além das cidades de São Paulo, Mogi das Cruzes, Poá, Suzano, Arujá, Guarulhos e Santa Isabel. Ao todo, 24 viaturas e 96 policiais participaram da operação.
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