Marilene Rodrigues, de 79 anos, morreu soterrada na madrugada desta terça-feira (26) após o rompimento de uma tubulação de alta pressão em Rocha Miranda, Zona Norte do Rio de Janeiro. O incidente ocorreu às 3h30 na Rua das Opalas, enquanto Marilene dormia. Sua casa foi destruída pela força da água.
A filha da vítima, Simone, lamentou: “Eu perdi minha mãe! Que saneamento básico é esse!?”. Suelen Belo, filha de criação de Marilene, foi resgatada dos escombros com vida após uma hora presa, escapando sem ferimentos graves.
O impacto da enxurrada foi devastador, derrubando paredes, telhados e arrancando o asfalto. Um carro foi arrastado até os fundos do terreno. Pedaços da tubulação, de concreto datada de 1949, ficaram espalhados pela via. Essa canalização abastece a Zona Norte do Rio e parte da Baixada Fluminense, com uma vazão de 500 litros por segundo.
Vizinhos relataram que este foi o segundo rompimento na região em novembro. A Águas do Rio, responsável pela distribuição, prevê que os reparos na tubulação durem dois dias, com a normalização do abastecimento em até cinco dias. A Cedae informou que reduziu a produção do sistema Ribeirão das Lajes para auxiliar nos reparos, sem impacto no cronograma da manutenção do sistema Guandu.
O corpo de Marilene foi encontrado cinco horas após o acidente, em meio a escombros e muita destruição, destacando a gravidade do colapso estrutural.
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