Uma expedição científica vai fazer diagnóstico das águas da bacia do Rio Piracicaba. A ação vai utilizar uma técnica de DNA Ambiental para mapear a biodiversidade. O levantamento, que será realizado entre os dias 2 e 4 de dezembro, vai começar na nascente do Rio Piracicaba e vai chegar até o Rio Tietê, onde ocorre o deságue.
A iniciativa é liderada pela Associação Remo Piracicaba com execução de empresas do setor privado, como a BluestOne e pesquisadores, especializados em recursos hídricos, que buscarão avaliar a qualidade da água e identificar os impactos dos afluentes no rio, em mais de trinta pontos de análise. “Nós vamos captar água desde Americana até o Tanquã e fazer o diagnóstico de qualidade da água. Isso acho que nunca foi feito”, disse Thiago Diniz Barne Ganeo, o Chicão, da Associação Remo.
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De acordo com a associação, uma inovação do projeto é a utilização da técnica de DNA ambiental, que permite identificar fragmentos genéticos de espécies aquáticas presentes na água. Esse método será usado para mapear as espécies de peixes que ainda habitam o rio. O objetivo é subsidiar futuras ações de repovoamento e conservação da biodiversidade. O projeto conta com o apoio do Ministério Público.
A Associação explica ainda que a iniciativa é uma resposta ao desastre ambiental ocorrido este ano, que causou danos significativos à bacia. O trabalho será realizado em conformidade com a resolução 357 do Conselho Nacional do Meio Ambiente, e terá parceria científica com o Laboratório Mérieux Nutrisciences, referência em análises químicas, além de contar com o apoio da Agência PCJ.
DESASTRE AMBIENTAL - Em julho deste ano, no dia 7, mortandade de peixes ocorreu no Rio Piracicaba. A morte dos peixes foi provocada por um efluente lançado por uma usina de Rio das Pedras no Ribeirão Tijuco Preto, que chegou ao rio Piracicaba. Uma semana depois, o contaminante chegou ao à região do Tanquã, e provocou a mortandade de toneladas de peixes.
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