O cantor Leonardo pagou R$ 225 mil de indenização aos seis trabalhadores, inclusive um adolescente de 17 anos, resgatados em condições análogas à escravidão na sua fazenda em Jussara (GO). A defesa do sertanejo informou ao G1 que, além disso, foram pagos R$ 94.063,24 em multa. O pagamentos decorrem do acordo feito pela DPU (Defensoria Pública), MPT (Ministério Público do Trabalho) e cantor.
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O Ministério do Trabalho o incluiu na "lista suja" do trabalho escravo, divulgada em 7 de outubro. À ocasião, Leonardo disse publicamente que só tomou conhecimento do crime ao ser notificado pelas autoridades, já que a fazenda está arrendada para outra pessoa.
Arrendamento
Segundo o documento do acordo, obtido pelo G1, a obrigação contratual do cantor era entregar uma parte da Fazenda Lakanka pronta para o plantio, garantindo que o solo estivesse preparado. Já o arrendatário era responsável por executar o plantio e o manejo das atividades agrícolas.
Por isso, embora o arrendatário tivesse responsabilidades sobre o plantio, as etapas de preparação do solo, como a catação de raízes e plantação de grama, ainda eram de responsabilidade de Leonardo, tanto em termos de execução quanto de pagamento aos trabalhadores envolvidos?.
Mão de obra
A fiscalização identificou 18 trabalhadores nas fazendas Talismã e Lakanka, seis dos quais foram resgatados em condições semelhantes às de trabalho escravo. Os demais executavam atividades como preparo do solo para o plantio de soja e manutenção de cercas.
Ainda conforme o documento, apesar de também trabalharem informalmente, as condições de vida e trabalho não foram consideradas tão degradantes a ponto de configurar situação de trabalho análogo ao de escravo.
A Fazenda Talismã é citada porque, apesar de os trabalhadores resgatados estarem na Fazenda Lakanka, as duas estão fisicamente próximas e fazem parte do mesmo conjunto de operações agrícolas, apurou o G1.
O relatório explica que alguns dos trabalhadores na Fazenda Talismã estavam alojados em melhores condições do que aqueles resgatados da Lakanka, o que justifica a menção à Talismã, pois ela era parte da operação e empregava trabalhadores.
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