FRAUDES FINANCEIRAS

Investigado se entrega e operação da PF chega a 15 presos

Por Leonardo Vieira | Especial para a Sampi Campinas
| Tempo de leitura: 2 min
Divulgação
Diversos materiais foram apreendidos pela PF
Diversos materiais foram apreendidos pela PF

Um dos investigados na Operação Concierge, da Polícia Federal, que não havia sido localizado durante a deflagração da operação em Campinas, apresentou-se voluntariamente na tarde desta sexta-feira, 30, à Delegacia de Polícia Federal. 

Clique aqui para fazer parte da comunidade da Sampi Campinas no WhatsApp e receber notícias em primeira mão.

O homem, contra quem havia um mandado de prisão preventiva, compareceu ao local acompanhado de seu advogado. De acordo com a investigação, a organização criminosa movimentou cerca de R$ 7,5 bilhões. Ao todo, 15 pessoas já foram presas e 60 mandatos de busca e apreensão foram cumpridos. 

Após a formalização da prisão, o suspeito foi encaminhado para audiência de custódia na 9ª Vara Federal de Campinas. A Operação Concierge, que visa desarticular um esquema de corrupção, ainda tem dois mandados de prisão preventiva pendentes de cumprimento.

Investigação e os crimes 

Os trabalhos de investigação da PF indicaram que a organização criminosa oferecia abertamente pela internet contas clandestinas, que permitiam transações financeiras dentro do sistema bancário oficial, de forma oculta. Isso ocorria por meio de dois bancos digitais (fintechs), que foram utilizados por facções criminosas, empresas com dívidas trabalhistas, tributárias, entre outras ações com fins ilícitos.

As contas desses dois bancos digitais, hospedadas em bancos regulares e autorizados pelo Banco Central, movimentaram R$ 7,5 bilhões, e os envolvidos tinham um padrão de vida luxuoso.

As contas eram anunciadas como contas garantidas, porque eram invisíveis ao sistema financeiro e blindadas contra ordens de bloqueio, penhora e rastreamento, funcionando por meio de contas bolsões, sem conexão entre remetentes e destinatários e sem ligação entre correntistas e bancos de hospedagem. Durante a investigação, a própria Febraban (Federação Brasileira de Bancos) chegou a denunciar o fato ao Ministério Público Federal, que e essa denúncia foi juntada aos autos do inquérito policial.

Além das contas bolsões, a organização também usou meios de pagamento com máquinas de cartão de crédito em nome de empresas de fachada, não relacionadas aos verdadeiros usuários, permitindo a lavagem de dinheiro e pagamento de atos ilícitos de forma oculta.

O trabalho investigativo identificou e vinculou todos que tiveram relação com as atividades ilícitas da organização, seja no apoio logístico, financeiro ou operacional, e com isso foi atingido o núcleo de funcionamento criminoso, viabilizando a responsabilização tanto daqueles que efetivamente comandam o esquema, como daqueles que dão todo o suporte logístico para execução das atividades ilegais.

Fale com o Folha da Região!
Tem alguma sugestão de pauta ou quer apontar uma correção?
Clique aqui e fale com nossos repórteres.

Comentários

Comentários