UNICAMP

Livro conta os 250 anos de Campinas em fotografias

Por Leonardo Vieira | Especial para a Sampi Campinas
| Tempo de leitura: 2 min
Divulgação/Unicamp
Livro do CMU expõe avanços na urbanização de Campinas ao longo dos 250 anos
Livro do CMU expõe avanços na urbanização de Campinas ao longo dos 250 anos

Em comemoração aos 250 anos de Campinas, o Centro de Memória da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) lançou o livro digital "Campinas 250 anos, 250 fotos". A obra gratuita reúne as histórias e as mudanças sociais da cidade desde o século 19, através do alha de fotógrafos profissionais e amadores dos últimos dois séculos e meio.

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 “O Centro de Memória Unicamp cumpre uma função que é ser a porta de entrada da sociedade, do cidadão de Campinas na Universidade, onde pode reconhecer essa história. Nesse sentido, vale sublinhar, um esforço do livro é conversar com a cidade”, explicou o professor André Luiz Paulilo, coordenador do centro.

As imagens reunidas no livro foram retiradas dos acervos pertencentes à instituição, que reúnem registros desde 1870. Entre os profissionais, estão nomes conhecidos da região, como Ferdinando Panattoni, Gilberto di Biasi e Aristides Pedro da Silva, que deixou uma coleção de 5 mil fotografias, incluindo obras de sua autoria e preciosidades de fotógrafos de fins do século 19.

 Já entre os amadores, o destaque fica com os legados de José Gomes Guarnieri e de Antônio Tossini. O último foi um pedreiro que registrou sua rotina familiar e de trabalho pela cidade.

Entre as imagens, se destacam fotos do antigo Largo do Rosário e seu coreto, além dos bondes que era puxados por burros. Outro ponto é o Jardim Público, situado no atual Centro de Convivência. Além disso, no início dos anos 1900, as imagens mostram a surgimento dos primeiros hospitais, fábricas e escolas, mostrando a evolução de Campinas com o passar dos anos.

 “V8, por exemplo, acompanhou muitas das transformações da cidade e tem fotos muito significativas. Fotografou a demolição do Teatro Municipal e da Igreja do Rosário, além de ter registrado os últimos dias da presença dos bondes de Campinas”, contou a pesquisadora Maria Sílvia Hadler

“A intenção não foi fazer um trabalho laudatório, mas pensar esses 250 anos. É possível fazer algumas leituras a contrapelo das fotos mais tradicionais. Um olhar cuidadoso permite entrar em contato com vários aspectos da história da cidade e com a diversidade existente nesse espaço urbano”, observou.

Por fim, as fotos permitem ao leitos observar as transformações urbanas de Campinas. As carroças com cavalos, por exemplo, deram lugar aos carros. Os antigos casarões, por sua vez, foram substituídos pelos edifícios que hoje tomam contam dos pontos mais urbanizados da cidade.

“Há dois conjuntos de fotos percebidos com muita força. Se, entre as mais antigas, o destaque é a ocupação que é feita do espaço público (predominantemente para passeio), nos registros mais recentes é possível observar o adensamento da malha urbana", finalizou.

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