PRESSÃO NO SUS

Com SUS lotado, Dário quer convencer Tarcísio sobre novo hospital

Por Flávio Paradella | Especial para a Sampi Campinas
| Tempo de leitura: 2 min
Divulgação/PMC
Dário Saadi ‘bate o pé’ que a solução é criar um hospital que seja metropolitano
Dário Saadi ‘bate o pé’ que a solução é criar um hospital que seja metropolitano

O prefeito de Campinas, Dário Saadi (Republicanos), não vê uma alternativa viável para desafogar os prontos-socorros da cidade além da construção de um novo hospital regional para aumentar o número de vagas e referenciar os pacientes de cidades vizinhas, que buscam na metrópole o atendimento.

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Dário concedeu entrevista exclusiva à Rádio Transamérica Campinas, nesta sexta-feira, 24, comentou a nova crise nos principais hospitais do município e afirmou que terá conversas com o Governo do Estado para “convencer” sobre a mudança de prioridade da gestão estadual. O prefeito insiste na necessidade da unidade hospitalar metropolitana, mas o governador Tarcísio de Freitas já disse ser contrário.

Nesta semana, mais uma vez, as instituições de urgência e emergência anunciaram superlotação nos leitos para o Sistema Único de Saúde. A situação começou pelo Hospital da PUC-Campinas que informou, na noite de terça, a superlotação do Pronto Socorro Adulto do SUS (eram 66 pessoas a mais da capacidade). Na sequência, em um efeito cascata, o Hospital de Clínicas da Unicamp e os municipais, Mário Gatti e Ouro Verde, também relataram o mesmo problema, com o dobro da capacidade dos PSs.

Segundo a Prefeitura de Campinas, a demanda nos serviços de urgência e emergência aumentou em até 50%, desde março, por conta da sazonalidade das doenças respiratórias e do pico da epidemia de dengue. De acordo com a Pasta, 20% dos pacientes atendidos no SUS Municipal são de outros municípios.

Por causa dessa demanda “estrangeira”, Dário Saadi ‘bate o pé’ que a solução é criar um hospital que seja metropolitano, antiga reivindicação das cidades, mas que encontra resistência no governo do estado. “Nós solicitamos ao governo do estado que as cidades da região possam abrir leitos de baixa e média complexidade. A gente sabe que as cidades vizinhas não têm condições (financeiras e de capacitação médica) para abrir de alta, como tem no HC, no Ouro Verde e Mário Gatti”, afirmou o prefeito.

Porém, vale lembrar que em recente entrevista à Rede Difusora e ao Portal GCN, da Rede Sampi, o governador Tarcísio de Freitas descartou esse anseio de prefeitos da RMC. Para o chefe do Palácio dos Bandeirantes é preciso reabrir os leitos que atualmente estão fechados, antes de discutir a construção de uma nova estrutura. “O Estado de São Paulo, quando chegamos, tinha 8 mil leitos fechados. Isso é uma prova de que a situação lá [RMC] é grave. Então, primeiro vou remobilizar os leitos e, a partir daí, se tiver demanda, pensar no Hospital Regional”, disse o governador na ocasião.

Questionado sobre a resistência do governador sobre o tema, Dário Saadi espera convencer Tarcísio a mudar de opinião e construir um novo hospital regional metropolitano. “Tem locais para abrir leitos? Então abre de média e baixa complexidade. Essa é uma discussão que nós estamos tendo e a gente vai convencer o governador da necessidade”, garantiu o prefeito de Campinas.

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